Repercussão Nas ruas do Recife, impeachment de Dilma Rousseff divide opiniões Enquanto em Boa Viagem um grupo comemorou a saída, no Centro, muitos lamentaram a troca de governo

Por: Ketheryne Mariz

Publicado em: 31/08/2016 15:43 Atualizado em: 01/09/2016 11:23

Defensores do impeachment no Recife criticaram a manutenção das funções públicas da ex-presidente Dilma. Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Defensores do impeachment no Recife criticaram a manutenção das funções públicas da ex-presidente Dilma. Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
 

Logo depois da votação do impeachment que causou o afastamento permanente da ex-presidenta Dilma Rousseff, o Diario foi às ruas para acompanhar a reação da população. Para o estudante de Direito, Vitor Hugo Freitas, 20 anos, a ficha ainda não caiu. "Foi impactante. A minha sensação é de luto. Quem estuda Direito sabe que não foi jurídico. A presidente foi julgada por algo que não cometeu."

Com as mãos acenando entre um carro e outro, o flanelinha Luciano Araújo, 40, é direto: "A saída dela vai piorar demais. Dilma era prestativa com a gente. A minha condição vai ficar ruim, né?! De uma coisa tenho certeza, ela não é ruim".

Enquanto descansava do almoço, José Ambrósio foi atualizado da notícia do afastamento de Dilma. "Graças a Deus. Ela tinha mais que sair mesmo. Péssima governante. Presidente ruim. Acho o posicionamento de Michel Temer razoável, até", afirmou.

Mal completou a frase e seu colega de trabalho, o também cabista Fábio dos Santos, grita de dentro do carro "foi golpe". Para ele, o novo governo irá reverter os avanços dos trabalhadores. "Colocaram no poder um governante que a corja quer. Eu assisti Dilma no Senado e vi que ninguém tinha argumento. Então é golpe", declarou.

Na orla de Boa Viagem, na altura do Segundo Jardim, um grupo com cerca de 12 pessoas comemorava a saída da presidente. "Particularmente eu achei a votação fraca. Ela deveria ter perdido os direitos. Isso aconteceu porque é o arrumadinho, pode apostar que assim como Dilma, Eduardo Cunha não vai perder os direitos", disse o empresário Fernando da Fonte, 65 anos.

A líder estadual do movimento Vem Pra Rua, Andréa Ártico também lamentou Dilma Rousseff permanecer elegível. "Nos organizamos por meio das redes sociais e mostramos a força que o povo tem. Agora, vamos focar no projeto das dez medidas contra corrupção", contou a líder.



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