Impeachment
Cristovam Buarque questiona a Dilma escolha de Temer como vice-presidente
Presidente afirma que considerava o peemedebista como um agregador que daria governabilidade aos seus mandatos
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 29/08/2016 22:22 Atualizado em: 29/08/2016 23:31
Durante a sessão no Senado de defesa da presidente Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, o senador Cristovam Buarque questionou à petista quais foram os critérios para Michel Temer ter sido escolhido como vice-presidente dos seus dois mandatos.
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"Presidente, dissemos à senhora que o impeachment seria uma coisa ruim, mas que a continuação do governo levaria a isso. Sugerimos uma conversa com um grupo de senadores para que construíssemos um caminho que impedisse isso", começou Buarque. "A senhora nos recebeu, mas lamento que não tenha acontecido antes. Uma pergunta: quais foram as qualidades do senhor Michel Temer para a senhora escolhê-lo como vice-presidente?"
"Muito obrigada, senador, por permitir uma análise mais correta sobre o centro democrático (se referindo ao PMDB). Acredito que o centro democrático foi fundamental para se chegar às conquistas sociais que alcançamos nas últimas décadas", lembrou Dilma. "Esse centro, que vem do antigo MDB, sendo Ulisses Guimarães sua maior referência, atuou como protagonista na Constituição Cidadã. Ele sofreu alteração profunda em meu segundo mandato, deixando de ser democrático. Escolhemos o senhor Michel Temer como vice-presidente porque supúnhamos que ele era integrante desse centro agregador. Que ele representava o melhor do PMDB. Não sei quando começou a mudar, mas começou a mudar", ressaltou.
Dilma lembrou das conversas do ex-ministro Romero Jucá, que caíram em grampo da Polícia Federal, nas quais o peemedebista afirmou que "Temer é Cunha". "Esse processo de mudança se intensifica no segundo mandato. Se tornou um centro golpista e conspirador. Eu acredito que Michel Temer é um coadjuvante. O líder é Eduardo Cunha. Lamento muito ter construído essa hipótese de ter escolhido um vice que desse governabilidade ao mandato da mesma forma que deram aos governos FHC, Lula e ao meu primeito mandato. Respeito a todos do PMDB que lutaram pela democracia, a história do PMDB", concluiu.
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