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Futuro do país Opinião: A falta de grandeza

Publicado em: 25/06/2016 10:57 Atualizado em:

Francisco Dacal
Administrador de empresas

É isto que diuturnamente temos assistido de nossos gestores públicos e da classe política, pelos largos exemplos negativos no exercício da função, no parlamento e no executivo. Uma falta de grandeza apocalíptica. 

Não estão dando importância ao presente nem ao futuro do país. Se ele vai pra bancarrota ou se vai ser “incendiado”, pouco importa. O egoísmo e o desajuste pessoal que demonstram transcendem a racionalidade. O bem comum, é somente o de cada um. E pronto. Hoje, a maldade parece subentendida em tudo que se fala e faz, e dessa forma a maioria dos brasileiros comporta-se frente aos interlocutores e as notícias. Os fatos são recorrentes e bastante divulgados, com imagens em reprise contínua.    

Certamente, o que mais penaliza o Brasil neste momento é a falta do senso de grandeza dessas pessoas, que, por princípio, deveriam possuí-la, obrigatoriamente, ou assim se esperava, ao serem eleitas, escolhidas, e ao aceitarem, e serem considerada capaz, para assumir determinados cargos.  A falta de grandeza que se reflete na atitude pedida quando diante de situações sensíveis, complicadas, no bom e mal sentido, nesse caso no do horrendo mal, e que, mesmo assim, representaria uma postura elevada, generosa, desprendida em prol do país, de uma causa maior. A cada dia que passa constatamos que ação de grandeza não se espera de mais ninguém, deixou de existir no nosso hábito cidadã, praticamente. 

Quanto tempo vai durar o processo daqueles que querem destruir o país? A que grau de sofrimento a população poderá ser levada? Ainda será possível sonhar com uma nação digna?... 

Há pouco mais de quatrocentos anos apareceu o Dom Quixote de Miguel de Cervantes falando: “Ditosa idade e séculos ditosos aqueles a que os antigos chamaram de dourados, não porque neles o ouro, que tanto se estima nesta nossa idade de ferro, se alcançasse naquela venturosa sem fadiga alguma, mas porque então os que nela viviam ignoravam estas duas palavras: teu e meu”. [...] “Não havia a fraude, o engano nem a malícia misturados com a verdade e a lisura. A justiça estava nos seus próprios termos, sem que a ousassem turbar nem ofender o favor e o interesse, que tanto agora a depreciam, perturbam e perseguem”.

Tempos são tempos. Cada um com sua história. Sim, é possível ainda acreditar no Brasil. Vamos continuar lutando por novos tempos, e sonhando!


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