Impeachment
Aécio reforça apoio a eventual governo Temer e diz que reformas são prioridades
Senador disse ter conversado nesta quarta-feira por telefone com o vice-presidente, que se mostrou receptivo às sugestões tucanas
Por: Agência Estado
Publicado em: 11/05/2016 20:53 Atualizado em:
O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), reforçou o apoio de seu partido a um eventual governo Temer e enumerou questões consideradas prioritárias para aprovação no Congresso Nacional. "A primeira delas é a reforma política, que eu acho essencial. Temos que restringir o número de partidos políticos. Também precisamos aprovar reformas no campo trabalhista e no campo tributário", disse Aécio.
Aécio disse ter conversado nesta quarta-feira por telefone com Michel Temer e o vice-presidente se mostrou receptivo às sugestões tucanas. "Vejo nele determinação de incorporar nessa agenda prioritária muitas das propostas que apresentamos a ele."
O tucano também cobrou uma ação enérgica de Temer. Segundo ele, é preciso causar uma boa impressão desde o começo e, por isso, o vice-presidente deve ousar. "O governo Temer, quando chegar, tem que ousar. Tem que surpreender e surpreender positivamente o Brasil. Nós estaremos estimulando que ele faça isso."
Aécio reiterou que o apoio do PSDB ao futuro governo não envolve negociação de cargos, mas que o vice-presidente está "livre para buscar no PSDB quadros qualificados para compor o seu governo". "Nós não vetaremos a participação de ninguém", garantiu.
Eleições 2018
O presidente do PSDB também rebateu críticas de que o partido poderia se desgastar participando de um governo Temer. "Em vez da omissão, que seria um caminho mais cômodo neste momento, o PSDB terá um compromisso com o País. Perguntam se não pode ser prejudicial ao PSDB em 2018. Não importa, que seja. Nós vamos estar ao lado do Brasil", afirmou.
Para o tucano, PSDB, DEM e PPS serão a grande novidade no governo Temer - partidos que disputaram e perderam as eleições de 2014 e que, até agora, estavam na oposição ao governo Dilma. "Vamos apoiar o governo de transição. Sabemos dos riscos desse governo, mas acho que deve ser registrado como o gesto de um partido responsável", defendeu.
"Não voto contra uma pessoa ou partido"
Aécio afirmou, durante pronunciamento no plenário do Senado, que não estava na tribuna para votar contra uma pessoa, ou partido político, "mas para cumprir com dever constitucional de analisar a admissibilidade de um processo contra a presidente da República".
O tucano elogiou relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pela admissibilidade do impeachment e afastamento de Dilma e afirmou que o parlamentar "foi Minas na sua grandeza e integridade em cada um dos passos que deu ao apresentar histórica peça jurídica e política e deu conforto necessário para tomar a decisão".
O senador, derrotado por Dilma nas eleições de 2014, avaliou que nos regimes presidencialistas os poderes e atribuições são claramente distintos, mas o chefe de estado delega e não transfere aos seus subordinados as decisões. Portanto, para Aécio, "as execuções orçamentárias são absolutamente intransferíveis", afirmou, numa referência às pedaladas fiscais que justificaram o pedido de impeachment.
Segundo Aécio, na Constituição de qualquer país democrático, há a possibilidade de afastamento do presidente da República em caso de crimes. "Estamos exercendo na plenitude as prerrogativas do Congresso, como fez com autonomia e grandeza a Câmara", afirmou o senador, antes de fazer várias críticas à política econômica de Dilma. "Foi a irresponsabilidade da presidente da República e do governo que está fazendo brasileiros voltarem à classe D e E", exemplificou.
Aécio avaliou ainda que as marcas dos governos populistas é que sempre agem com irresponsabilidade fiscal e quando fracassam usam o discurso do entre "nós e eles", disse. "Teremos um dia diferente amanhã, duro para enfrentarmos", concluiu.
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Aécio reiterou que o apoio do PSDB ao futuro governo não envolve negociação de cargos, mas que o vice-presidente está "livre para buscar no PSDB quadros qualificados para compor o seu governo". "Nós não vetaremos a participação de ninguém", garantiu.
Eleições 2018
O presidente do PSDB também rebateu críticas de que o partido poderia se desgastar participando de um governo Temer. "Em vez da omissão, que seria um caminho mais cômodo neste momento, o PSDB terá um compromisso com o País. Perguntam se não pode ser prejudicial ao PSDB em 2018. Não importa, que seja. Nós vamos estar ao lado do Brasil", afirmou.
Para o tucano, PSDB, DEM e PPS serão a grande novidade no governo Temer - partidos que disputaram e perderam as eleições de 2014 e que, até agora, estavam na oposição ao governo Dilma. "Vamos apoiar o governo de transição. Sabemos dos riscos desse governo, mas acho que deve ser registrado como o gesto de um partido responsável", defendeu.
"Não voto contra uma pessoa ou partido"
Aécio afirmou, durante pronunciamento no plenário do Senado, que não estava na tribuna para votar contra uma pessoa, ou partido político, "mas para cumprir com dever constitucional de analisar a admissibilidade de um processo contra a presidente da República".
O tucano elogiou relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pela admissibilidade do impeachment e afastamento de Dilma e afirmou que o parlamentar "foi Minas na sua grandeza e integridade em cada um dos passos que deu ao apresentar histórica peça jurídica e política e deu conforto necessário para tomar a decisão".
O senador, derrotado por Dilma nas eleições de 2014, avaliou que nos regimes presidencialistas os poderes e atribuições são claramente distintos, mas o chefe de estado delega e não transfere aos seus subordinados as decisões. Portanto, para Aécio, "as execuções orçamentárias são absolutamente intransferíveis", afirmou, numa referência às pedaladas fiscais que justificaram o pedido de impeachment.
Segundo Aécio, na Constituição de qualquer país democrático, há a possibilidade de afastamento do presidente da República em caso de crimes. "Estamos exercendo na plenitude as prerrogativas do Congresso, como fez com autonomia e grandeza a Câmara", afirmou o senador, antes de fazer várias críticas à política econômica de Dilma. "Foi a irresponsabilidade da presidente da República e do governo que está fazendo brasileiros voltarem à classe D e E", exemplificou.
Aécio avaliou ainda que as marcas dos governos populistas é que sempre agem com irresponsabilidade fiscal e quando fracassam usam o discurso do entre "nós e eles", disse. "Teremos um dia diferente amanhã, duro para enfrentarmos", concluiu.
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