Votos Governo acredita na vitória contra impeachment no plenário, diz Jaques Wagner Jaques Wagner afirmou que o governo fez um trabalho grande quando começou a escolha dos membros da comissão

Publicado em: 11/04/2016 14:52 Atualizado em:

"Esta é uma primeira etapa que não significa o final dessa disputa", disse Jaques Wagner. Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil.
"Esta é uma primeira etapa que não significa o final dessa disputa", disse Jaques Wagner. Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil.

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, afirmou nesta segunda-feira que o governo acredita na vitória do governo contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que deverá ser votado no plenário da Câmara dos Deputados no domingo. “Estamos trabalhando para nossa vitória no domingo”, disse o ministro à Agência Brasil, antes de participar da gravação do programa Brasilianas, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Ele ressaltou que o governo ainda está trabalhando junto aos parlamentares da Comissão Especial da Câmara que analisa o pedido de impeachment da presidenta, que vota ainda hoje o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento.

Na comissão, o relatório será aprovado por maioria simples dos presentes na votação. Para que o processo de impeachment seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente encaminhado ao Senado são necessários os votos de, no mínimo, 342 dos 513 deputados.

“Ainda estamos disputando três, quatro votos. Por enquanto, os pró (impeachment) ainda têm um número maior na simulação", disse o ministro. "Mas, de qualquer forma, o que é importante registrar é que é impossível que eles cheguem aos dois terços que eles deveriam ter semelhante ao que eles precisam no plenário. É óbvio que na comissão não é isso, mas ela é uma prévia daquilo que a gente vai ter no plenário. Então, eles estão trabalhando com a figura de 33, 34, 35 votos, nós de 29 a 32 votos, porque ainda tem alguns votos em disputa até o horário da votação”, completou.

Jaques Wagner afirmou que o governo fez um trabalho grande quando começou a escolha dos membros da comissão. “Todo mundo considerava que ia ter um volume maior a vitória deles. Eu acho que a gente chegou a encostar. Durante o dia de hoje, ainda vamos disputar (votos). Mesmo que eles ganhem, a vitória deles é do time do que precisa fazer sete gols e faz dois. Pode até comemorar a vitória, mas sabe que não levou porque não corresponde ao que eles precisam no plenário”, disse.

A votação no plenário, prevista para começar no dia 17, será nominal e aberta. Quando o processo começar, os deputados serão chamados a votar de acordo com a região ou o estado a que pertencem. Se a votação não alcançar os 342 votos, o processo será automaticamente arquivado. Caso contrário, o impeachment segue para o Senado. Para barrar o seguimento do processo, o governo precisa ter pelo menos 172 votos, o que impediria a oposição de conseguir os 342.

“Estamos trabalhando nas duas frentes: comissão e plenário. Todo o tempo a gente trabalhou na comissão. É evidente que se a gente puder empatar ou vencer na comissão seria uma vitória política importante. Esta é uma primeira etapa que não significa o final dessa disputa. No plenário, a gente está trabalhando (ter) entre 208 e 212 votos”, acrescentou Jaques Wagner.

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