Meta Fisca Dilma coordena reunião no Alvorada para garantir aprovação da meta fiscal Decisão foi tomada diante do agravamento da crise política, provocado pela prisão do líder do governo, Delcídio do Amaral

Publicado em: 01/12/2015 14:07 Atualizado em:

A presidente Dilma Rousseff coordena nesta terça-feira, uma reunião com ministros e líderes da Câmara e do Senado no Palácio da Alvorada. Ela decidiu assumir pessoalmente a articulação política do governo para garantir a aprovação do projeto que altera a meta fiscal de 2015 e desmobilizar as movimentações pelo seu impeachment.

A informação de que Dilma havia decidido participar do encontro com parlamentares foi divulgada na última sexta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo. O agravamento da crise política após a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) fez com que a presidente encurtasse a viagem que faria pelo exterior esta semana para retornar antes ao Brasil e monitorar a situação de perto.

Nesta terça, ela desembarcou em Brasília por volta das 6h30 e três horas depois já estava reunida com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

O Palácio do Planalto trabalha com a previsão de votar a medida que altera a meta ainda nesta terça-feira, durante a sessão do Congresso. O projeto é considerado "prioridade zero" e tem de ser aprovado para que governo possa revogar o decreto publicado na segunda, que estipulou um novo corte no orçamento de mais de R$ 11 bilhões e engessou a máquina pública.

Outra preocupação de Dilma foram os recados enviados nesta segunda pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista deu indicações de que, se os deputados petistas votarem pela abertura do processo contra ele na reunião do Conselho de Ética, ele vai retaliar e dar prosseguimento a pedidos de impeachment.

Diante da pressão do Planalto, os três petistas, que eram a favor da punição a Cunha, iam rediscutir o posicionamento nesta manhã, antes da reunião.

Além dos líderes da base aliada, participam da reunião o vice-presidente Michel Temer e os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Nelson Barbosa (Planejmento).

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