Publicado em: 06/10/2015 10:22 Atualizado em: 06/10/2015 11:39
Se a pressão no Congresso é forte, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a realidade não é diferente para a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). O tribunal deve abrir, nesta terça-feira, uma investigação contra a campanha da petista e seu vice Michel Temer (PMDB).
A decisão atende um pedido do PSDB, partido que teve como candidato presidencial o senador derrotado Aécio Neves. A intenção da investigação é saber se na campanha de Dilma foi beneficiada com recursos de corrupção da Petrobras.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o placar será desfavorável ao governo, com ao menos quatro dos sete magistrados votando pela abertura das contas.
O julgamento deve ser incluído na pauta na noite de hoje. Alguns ministros, como Gilmar Mendes, já votaram contra Dilma, mas o processo tinha sido suspenso por um pedido de vista da ministra Luciana Lóssio. No fim da investigação, o TSE pode absolver ou condenar a campanha de Dilma.
O caso pode gerar uma multa, ou, num cenário mais nebuloso, a cassação do mandato de Dilma e de Michel Temer. Caso sejam cassados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assume a Presidência da República, mas terá que convocar uma nova eleição em até 90 dias.
Esta é a primeira vez que um presidente eleito no Brasil pode passar por uma investigação tão complexa de suas contas de campanha. A investigação do TSE poderá ser beneficiada com provas da Operação Lava-Jato.
