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Coluna Diario Político Marisa Gibson: PSB está a um passo de uma nova aliança com o DEM e o PSDB Partido Socialista Brasileiro sinaliza que deve integrar o bloco de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 23/09/2015 10:12 Atualizado em: 23/09/2015 10:58

O ex-governador Eduardo Campos, já falecido, iniciou uma aproximação com o DEM e PSDB nas eleições do ano passado. Foto: Jaqueline Maia/DP/D.A. Press/Arquivo
O ex-governador Eduardo Campos, já falecido, iniciou uma aproximação com o DEM e PSDB nas eleições do ano passado. Foto: Jaqueline Maia/DP/D.A. Press/Arquivo
Além de Dilma

Enfim, com os três governadores do partido – Paulo Câmara (Pernambuco), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal) e Ricardo Coutinho (Paraíba) – sem perspectivas diante da gravidade da crise econômica e política que envolve o governo Dilma, o PSB começa a se definir: está a um passo de se aliar às forças de oposição no Congresso, cujos maiores representantes são o PSDB e o DEM. A essa altura, ninguém mais do PSB quer pagar a conta, como está claro na comunicação do partido a respeito da reunião ontem, em Brasília, com senadores, deputados federais e governadores. A maioria da bancada é contrária ao aumento da carga tributária. Não que o pacote fiscal para cobrir o rombo do orçamento não seja necessário. O que se coloca é que não dá para se comprometer com um aumento de impostos num governo “moribundo”, sem credibilidade. E, com uma presidente no fundo do poço, tudo de ruim pode acontecer. Por exemplo: se o processo de impeachment for aberto,  o PSB votará a favor sem qualquer drama de consciência. Esses posicionamentos só serão oficializados na reunião da executiva nacional na próxima semana. Porém, já se começa a colocar que, indo para o campo da oposição, o PSB voltará a ser parceiro político do PSDB de Aécio Neves, o que poderá ter consequências nas eleições do próximo ano e de 2018. E aí começa tudo de novo. Até porque uma coisa é se unir para votar contra Dilma, e outra é reabrir a discussão para eventuais alianças eleitorais que podem redundar numa ascedência do PSB paulista, já aliado dos tucanos, sobre o PSB pernambucano.

Jarbas contra loteamento

Convocado para reunião com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picicani (RJ), o deputado Jarbas Vasconcelos não conteve a indignação ao ouvir que o partido tinha fechado acordo com o governo e que a presidente Dilma havia cedido os ministérios que os peemedebistas gostariam de conduzir. Jarbas retirou-se da reunião, mas antes pediu a palavra e deu o seu recado, advertindo que o PMDB estava se juntando ao que há de pior e que pagará caro por isso. “O governo Dilma é insustentável. A presidente ou sofrerá um impeachment ou renunciará”, afirmou.

Discursos

Geraldo Julio (PSB), que concorre à reeleição em 2016, tem um discurso diferente de Paulo Câmara (PSB) em relação à crise. Não está nos planos do prefeito aumentar IPTU nem ISS: “A população está pagando um preço elevado pela crise. É importante diminuir esse prejuízo”, afirmou em entrevista a uma emissora de rádio. Para o governador, que já divulgou um pacote tributário, “2016 poderá ser pior do que 2015”.

Convidado

Paulo Câmara foi um dos convidados de Marina Silva para acompanhar, com ela, a votação do Tribunal Superior Eleitoral sobre o registro da Rede Sustentabilidade, partido que será comandado pela ex-ministra.

Dinheiro à vista

Resultado da articulação do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) com o governo federal, um total de R$ 11 milhões estão garantidos a quatro municípios pernambucanos por meio de convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. Os recursos estão previstos em convênios que serão assinados, nesta quarta-feira, entre o FNDE e as prefeituras de Arcoverde (R$ 2,8 milhões), Ouricuri (R$ 5,6 milhões), Santa Filomena (R$ 1,2 milhão) e Serrita (R$ 1,4 milhão) para investimentos em creches e pré-escolas.

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