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Coluna Diario Político Marisa Gibson: Paulo Câmara pedirá um novo esforço para cortar despesas

Publicado em: 19/08/2015 11:23 Atualizado em:

Governador terá mais uma reunião com a equipe e deve falar das dificuldades financeiras do estado. Foto: Wagner Ramos/SEI
Governador terá mais uma reunião com a equipe e deve falar das dificuldades financeiras do estado. Foto: Wagner Ramos/SEI
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Os próximos 60 dias, segundo quem entende das contas estaduais, são os mais difíceis do ano, com menos dinheiro entrando em caixa. Diante disso, o governador Paulo Câmara marcou para esta sexta-feira reunião com todo o secretariado, a segunda após a sua posse, para analisar o cenário econômico do país e suas repercussões fiscais e financeiras sobre as contas do governo do estado. Não é segredo pra ninguém que a arrecadação despencou e as despesas com pessoal, mesmo sem ter havido reajustes salariais, continuam crescendo. É, portanto, uma conta que não tem como bater. Paulo vai, mais uma vez, alertar sua equipe sobre  a gravidade da situação e pedir novo esforço para cortar as despesas de custeio da máquina, tendo como foco, sobretudo, os próximos 60 dias. Agora, coincidência ou não, a reunião do governador com o secretariado será quase na mesma hora em que a presidente Dilma Rousseff, apontada como a responsável pelo cenário de crise do país, estará chegando a Pernambuco, com uma agenda claramente política, como comprova a bem construída retórica petista: “A presidente está disposta  a reconquistar o coração dos pernambucanos e inaugurar um novo ciclo do seu segundo mandato”. Agora, esse novo ciclo é o que, de fato, mais interessa. Tanto é assim que foi articulado pelo ministro Armando Monteiro Neto (PTB) um encontro, no Recife, da presidente com  empresários, cujas entidades representativas já expressaram em notas o descontentamento com a continuidade da crise, ao mesmo tempo em que conclamaram uma união política. Bem, essa é a terceira visita que Dilma faz a Pernambuco, neste ano, havendo, porém, um descompasso de sua agenda em relação às reivindicações do estado e do Nordeste. Mas, Humberto Costa, líder do PT no Senado, salienta: “Estamos atentos às queixas, mas sentimos que os nordestinos, os pernambucanos cobram uma reaproximação da presidente e é isso que ela quer fazer, retomar o terreno perdido”.

À distância

Do vereador Henrique Leite (PT): “Você não pode achar que fica perto da presidente Dilma, estando a 200 metros dela. O ritual da Presidência blinda demais a aproximação das lideranças que lutam por ela. Na fila das autoridades, os vereadores sempre são os últimos. Eles veem a dor do povo, e não podem transmitir nada para ela”.

Ponto nevrálgico

PPP virou sinônimo de problemas para o estado: e a Assembleia Legislativa realiza hoje, por iniciativa da bancada de oposição, liderada pelo deputado Sílvio Costa Filho (PTB), audiência pública para discutir a paralisação das obras do presídio de Itaquitinga, e a falência da Parceria Público Privada (PPP) para a construção deste complexo penitenciário.

Produtividade

Defensor da tese segundo a qual é mais importante a produtividade do que a frequência do parlamentar, o senador Douglas Cintra (PTB-PE) teve aprovados ontem, num intervalo de apenas uma hora, dois relatórios na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Sem lamentos

O PSB perdeu a chance de ter uma candidatura forte à Prefeitura de São Paulo, mas há socialistas que não lamentam a opção de Marta Suplicy pelo PMDB: “Marta é muito polêmica”, ponderam. Diversos fatores contribuíram para a decisão da senadora, mas pesou muito a  incerteza do apoio que o PSDB paulista daria à sua candidatura, mesmo sendo aliado do PSB naquele estado.

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