Confraria da oposição Em jantar, Renan, Serra e Aécio discutem impeachment de Dilma

Publicado em: 06/08/2015 10:02 Atualizado em:

A possível abertura de um processo de impeachment contra a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) começa a ganhar força nos bastidores do poder. Na noite desta terça-feira, o PSDB ofereceu um jantar ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), onde o assunto foi discutido. As lideranças avaliaram o cenário político e a crise econômica, como também os efeitos negativos de uma eventual saída de Dilma da Presidência da República. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

No jantar, o cardápio foi político. Quem esteve no apartamento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), onde o jantar aconteceu, avaliou que o governo está “perdido” mas que a tese do impeachment “não está madura”. Numa pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha, 66% dos entrevistados disseram que são favoráveis ao impeachment da presidente. Na pesquisa anterior, realizada em abril, 63% eram a favor. O índice de rejeição de Dilma também bateu o recorde 71%, maior do que na gestão do ex-presidente Fernando Collor (PTB), hoje senador de Alagoas.

 

O encontro teve a participação dos senadores tucanos Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Aloysio Nunes Ferreira (SP). Também marcaram presença os líderes do PMDB, Eunício Oliveira (CE), do PSDB e Cássio Cunha Lima (PB). O senador Romero Jucá (PMDB-RR) também participou do encontro. Todos eles criticaram as manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tentar acelerar a abertura de um processo de impeachment. Na avaliação dos políticos, o momento ideal será após as manifestações do dia 16 e o julgamento das “pedaladas fiscais” no Tribunal de Contas da União (TCU).

Só depois desse cenário, será possível entender há possibilidade de uma eventual saída de Dilma. A possibilidade de Michel Temer (PMDB) assumir, caso Dilma seja afastada, foi levantada. Os convidados ainda criticaram a aprovação de uma “pauta bomba” na Câmara e Serra ainda endossou o chama de “loucuras fiscais”, ao se referir aos projetos que aumentam os gastos públicos e reajustam os salários dos servidores acima da inflação. Os políticos ainda traçaram um cenário de alta do desemprego e a paralisação dos investimentos privados no país.



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