Plano Estadual de Educação
Bancada evangélica de Pernambuco consegue retirar referências de "gênero" e "orientação sexual" do PEE
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 18/06/2015 09:25 Atualizado em: 18/06/2015 10:24
Bancada evangélica comemorou a medida. Deputados como André Ferreira (PMDB) defendem a "bandeira" em defesa da família tradicional brasileira. Foto: Roberto Soares/Divulgaçao |
A aprovação acabou confundindo parte dos deputados. Alguns argumentavam que o parecer da Comissão, do relator Antônio Moraes (PSDB), avaliava apenas a constitucionalidade do texto. Já os evangélicos e os que votaram com eles ponderavam que a aprovação era para incluí-la no projeto de lei. Uma votação apressada foi feita após o deputado Edílson Silva (PSol) pedir mais tempo para que os deputados pudessem analisar a emenda, mas ela acabou mesmo sendo acrescentada, já que apenas 11 parlamentares se solidarizaram com Edilson.
O pastor Cleiton Collins, autor da proposta, afirmou que o Brasil não está preparado para discutir o tema orientação sexual e evitou comentar a vitória da bancada evangélica. Já deputados contrários criticaram duramente a decisão. “Trataram a coisa com desonestidade intelectual, com argumentos mentirosos. Afirmaram, por exemplo, que a CNBB tinha uma posição fixa e contrária sobre o tema, quando apenas uma regional se mostrou dessa maneira. É uma emenda discriminatória e isso tem, claramente, motivações eleitorais”, afirmou a deputada Teresa Leitão (PT), deixando nas entrelinhas que a iniciativa seria uma espécie de prestação de contas dos evangélicos com seus eleitores.
Câmara
Na Câmara do Recife, a tramitação do projeto 10/2015, que institui o Plano Municipal de Educação (PME), também causou polêmica. A bancada governista aprovou a dispensa de prazo para a apresentação de emendas dos vereadores ao projeto, causando revolta na oposicão. “Isso fragiliza e mostra o quão autoritária é a prefeitura. O que nós queríamos era um prazo maior para discutirmos alguns pontos”, enfatizou a vereadora Isabella de Roldão (PDT).
O líder do governo, Gilberto Alves (PTN), afirmou que os legisladores já tinham ciência de que haveria o pedido de dispensa de prazo. “Caso contrário, não teríamos tempo suficiente para analisar o projeto. Além disso, todo o processo foi democrático e houve diálogo. Muitos vereadores apresentaram emendas e todas elas serão analisadas pelas comissões”, disse.
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