Operação Lava-Jato
Jaques Wagner diz que pedido de investigação de políticos causará "turbulência"
Publicado em: 02/03/2015 16:19 Atualizado em: 02/03/2015 16:49
Foto: José Cruz/ Agência Brasil/Arquivo |
"A melhor forma para que as investigações continuem é elas estarem ladeadas pelo funcionamento normal do país. Porque, se começarem a perturbar tudo, daqui a pouco muita gente vai dizer `acaba logo essa investigação porque o País precisa voltar à normalidade'. É óbvio que tem turbulência", disse Jaques Wagner em entrevista. Para o ministro, a nova CPI da Petrobras, que começa a analisar requerimentos esta semana, não chegará a fatos novos. "A CPI terá dificuldade de chegar além do Ministério Público Federal e do Judiciário (...) A CPI em si vira palco, mas dificilmente irá além do que a Polícia Federal já investigou", declarou.
Jaques Wagner também comentou a resistência do PT e outros partidos da base da presidente Dilma Rousseff às medidas de ajuste fiscal do governo que serão submetidas ao Congresso. "É preciso esclarecer bem e espero que isso comece a ser feito agora com as comissões (na Câmara). O PT e todos os partidos da base têm que ser esclarecidos e, mesmo achando que não é o mais simpático, (compreender que) é necessário para recuperar a capacidade de a economia crescer. Depois do debate feito, a posição tomada será acompanhada pelo PT e pela base", afirmou.
O ministro citou as mudanças nas regras do seguro-desemprego. "Não se quer tirar direitos, mas consolidar direitos. A pergunta que cabe é: `o seguro desemprego é causa ou efeito da rotatividade de mão de obra? (O trabalhador) recebe seguro-desemprego porque sai do emprego ou sai do emprego para receber seguro-desemprego?'. Sempre que se fala de ser humano, todo mundo quer operar em zona de mais conforto", afirmou o ministro da Defesa.
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