Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicado em: 06/03/2015 22:01 Atualizado em: 06/03/2015 22:27
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| Foto: Ivan Melo/Esp. DP/D.A.P |
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse ter recebido com "surpresa e indignação" a inclusão do seu nome na lista oficial enviada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal. Ele será investigado pelo Ministério Público por suposto envolvimento em atos ilícitos e ainda tem o direito de defesa, da mesma forma que os demais 46 políticos citados. Segundo Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Humberto teria recebido R$ 1 milhão do esquema de propina da estatal brasileira, valor que teria sido utilizado para custear sua campanha há cinco anos.
O petista elegeu-se como senador em 2010, na coligação encabeçada pelo então governador Eduardo Campos (PSB). Naquele ano, Humberto foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região pelo envolvimento na Operação Vampiro, tendo perdido a eleição de 2006 para o governo por conta desse fato. Eduardo Campos e o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB), que foram citados no escândalo da Lava-jato não entraram na lista. Os dois faleceram.
Humberto Costa é o único representante do PT e de Pernambuco no Congresso Nacional. Ele inclusive está num momento bom da carreira, vinha percorrendo todo o estado para pavimentar sua campanha pela reeleição e se comportando como único porta-voz entre o PT e os governos do PSB no estado. Veja a nota na íntegra de Humberto Costa.
Em razão dos desdobramentos, no Supremo Tribunal Federal (STF), dos processos de delação premiada originários da Operação Lava Jato, o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, vem esclarecer o que segue:
1 - que recebeu com surpresa e indignação a inclusão do seu nome entre os dos parlamentares contra os quais a Procuradoria-Geral da República recomendou abertura de inquérito ao STF;
2 - que não tem conhecimento formal, até o presente momento, de quaisquer fatos que lhe tenham sido atribuídos, salvo pelas supostas informações de criminosos vazamentos seletivos oriundos de delações prestadas à Justiça por réus confessos;
3 - que reitera a lisura de sua conduta e de sua vida pública e que todas as doações que recebeu em campanhas eleitorais de que participou foram legais, auditadas, julgadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral;
4 - que, há quatro meses, já deixou à disposição do Supremo, do Ministério Público e do Senado Federal, todos os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico;
5 - que, aberto o inquérito pelo STF, e diante da injusta exposição a que ficará submetido, espera celeridade do processo e confia no seu consequente arquivamento, em razão de estar certo da insubsistência de qualquer ilação que haja contra ele;
6 - que está pronto a cooperar com todas as etapas de eventuais investigações e diligências, seguro de que, ao fim, a sua inocência será rigorosamente comprovada.
