Wanderson Florêncio Ao declarar apoio à reeleição de Geraldo Julio, vereador tucano poderá ser punido

Por: Sávio Gabriel - Diario de Pernambuco

Publicado em: 02/03/2015 21:26 Atualizado em: 02/03/2015 21:49

"Observa-se que o Recife tem gestão, tem um prefeito que acorda cedo para trabalhar, que não se esquiva de combater os problemas e de planejar o futuro", afirmou o legislador. Foto: Câmara do Recife/Divulgação
"Observa-se que o Recife tem gestão, tem um prefeito que acorda cedo para trabalhar, que não se esquiva de combater os problemas e de planejar o futuro", afirmou o legislador. Foto: Câmara do Recife/Divulgação
Contariando a orientação das executivas federal, estadual e municipal do PSDB, o vereador tucano Wanderson Florêncio, que tomou posse nesta segunda-feira (02), na vaga deixada pela também vereadora Aline Mariano (PSDB), deixou claro o apoio ao prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB). Em seu primeiro discurso após ser empossado, o legislador afirmou que vai estar de "mãos dadas à gestão por considerá-la sintonizada e preocupada com os recifenses. Ele destacou, ainda, que quando os debates para as eleições municipais se iniciarem, vai apoiar o socialista. No entanto, a postura do legislador poderá render punições.

Conforme o inciso 3° do artigo 153, do estatudo do PSDB, "incida em ato de infidelidade partidária, apoiando ou fazendo propaganda de candidato a cargo eletivo inscrito por outro partido não escolhido em coligação com o PSDB, ou [...] recomendando o seu nome ao sufrágio do eleitor". Em outras palavras, ao declarar apoio à reeleição do socialista, mesmo o PSDB tendo afirmado que teria candidato próprio às eleições municipais do próximo ano, o tucano infringe a norma.

"Eu defenderei o apoio do PSDB ao prefeito Geraldo Julio quando for o momento oportuno. O partido ainda não abriu as discussões", disse. Sobre as possíveis punições a que estaria sujeito, Wanderson mostrou-se tranquilo. "Antes de assumir o mandato, liguei para Bruno Araújo (presidente estadual do PSDB). Ele disse que não haveria vetos, nem retaliações, e estou confiando nisso", declarou.

Questionado, Araújo deixou claro que caberá à Executiva municipal a aplicação de possíveis punições e disse que não garantiu nada ao vereador. "Ele deve estar misturando as coisas ou construindo o que lhe convém. Eu disse que, pessoalmente, não tenho nenhuma disposição nenhuma de represália", disparou. "Uma coisa é a minha posição pessoal e outra é a posição política, que será discutida pela Executiva municipal", acrescentou.

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