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GUERRA

Israel mantém ofensiva na Cisjordânia

As cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas no norte da Cisjordânia, são o principal alvo da operação em grande escala classificada como antiterrorista

Publicado em: 05/09/2024 17:45

A fumaça sobe durante um ataque militar israelense em andamento em Jenin, na Cisjordânia ocupada (Foto: ZAIN JAAFAR / AFP
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A fumaça sobe durante um ataque militar israelense em andamento em Jenin, na Cisjordânia ocupada (Foto: ZAIN JAAFAR / AFP )
As forças israelenses mantém pelo nono dia consecutivo a operação militar na Cisjordânia, que já fez dezenas de mortos e deixou um rasto de destruição, com a incursão de numerosas tropas, tanques e escavadoras blindadas.
 
As cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas no norte da Cisjordânia, são o principal alvo da operação classificada como antiterrorista em grande escala impetrada pelo exército de Israel desde o dia 28 de agosto.
 
No total, os ataques aéreos e os combates entre soldados e militantes palestinos somam 36 mortos, incluindo oito menores e dois idosos, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina, que governa partes cada vez mais reduzidas da região.
 
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNWRA) também alertou para o crescimento a violência da Cisjordânia. “A semana passada foi a mais mortífera para os civis palestinos na Cisjordânia desde novembro do ano passado. Isto é inaceitável. Tem de acabar já”, apelou a UNWRA.
 
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, ainda condenou as tentativas israelenses de desestabilizar ainda mais o Oriente Médio. “As ações de alguns ministros israelenses, como a visita de Ben-Gvir à Esplanada das Mesquitas, são irresponsáveis e estão alimentando uma situação absolutamente explosiva. Esperamos que a parte israelense ponha termo a esta provocação”, afirmou.
 
Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza bombardearam pontos da “zona humanitária”, que causou cinco mortes.
 
Por sua vez, o negociador-chefe do Hamas, Khalil al-Haya, exortou os Estados Unidos a pressionarem o governo de Tel Aviv para que haja um acordo de tréguas em Gaza que inclua a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos.
 
“Se a administração norte-americana e o seu presidente Joe Biden querem realmente alcançar um cessar-fogo e concluir um acordo de troca de prisioneiros, devem abandonar a sua parcialidade cega em relação à ocupação sionista e exercer uma verdadeira pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o seu governo”, disse Al-Haya, que fica baseado no Catar.
 
Na quarta-feira (4), Netanyahu declarou que estavam tentando encontrar um terreno para retomar negociações, mas que o Hamas recusa e diz que não há nada para discutir.
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