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GUERRA

Irã avisa que todas as possibilidades estão abertas contra Israel

Relações Exteriores do Irã disse que o país vai continuar a apoiar o Líbano

Publicado em: 30/09/2024 14:17

 (Foto: ATTA KENARE/AFP)
Foto: ATTA KENARE/AFP

 

Segundo a agência de notícias iraniana Fars, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, alertou que todas as possibilidades estão abertas no conflito com Israel, inclusive a guerra, depois da morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado e apoiado por Teerã. Araghchi ainda acrescentou que o Irã vai continuar a apoiar firmemente o Líbano.

 

O vice-presidente iraniano encarregado dos assuntos estratégicos, Mohammad Javad Zarif, declarou hoje que a reação de Teerã terá lugar no momento oportuno que o Irã escolher, de acordo com a agência oficial Irna. Já o secretário do Conselho dos Guardiões da Constituição, Ahmad Jannati, gaantiu que a retaliação será a destruição do regime sionista, diz a agência Fars.

 

"Todos reconhecem o perigo de uma guerra na região. Esta situação é muito perigosa e todas as possibilidades estão abertas neste momento. O sangue do mártir Hassan Nasrallah aumenta a força do Hezbollah, o seu ímpeto e o crescimento das suas forças. As ações israelenses na região, no Líbano e em Gaza, deixaram Israel sem futuro na região. Nunca terão paz, um resultado natural deste crime que acelera o declínio da entidade sionista", afirmou o chefe da diplomacia iraniana.  

 

Araghchi também acusou o governo norte-americano de colaborar na morte de Nasrallah, e indicou que pediu pessoalmente ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que seja a voz da comunidade internacional e que defenda a necessidade de pôr termo aos crimes sionistas diante da incapacidade demonstrada pelo Conselho de Segurança da ONU para resolver os problemas. "Os Estados Unidos têm até agora obstruído todas as iniciativas do Conselho de Segurança", apontou.

 

Já o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, apelou ao mundo muçulmano para apoiar o Hezbollah no confronto com Israel. "É obrigatório para todos os muçulmanos apoiar orgulhosamente o povo libanês e o Hezbollah com os seus recursos e ajudá-lo a enfrentar o regime usurpador, cruel e maléfico de Israel", afirmou Khamenei.

 

O Irã lidera o chamado "eixo de resistência" contra Israel, que inclui o Hezbollah, o Hamas e os Houthis do Iêmen, além de outros grupos extremistas. Teerã também prometeu que a morte na última sexta-feira (27) do general Abbas Nilfroshan, da força Qods, a unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana, em um ataque israelense nos subúrbios do sul de Beirute, no Líbano, não ficará sem resposta. No mesmo bombardeio morreu o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. "O aparelho diplomático usará todas as suas capacidades para perseguir os criminosos e os seus apoiadores", assegurou Araghchi.

 

A agência francesa France-Press (AFP) publicou que uma multidão de iranianos saiu hoje às ruas em várias cidades do país para manifestar ira pelo assassinato de Nilfroshan e de Nasrallah. 

 

Novo chefe do Hezbollah

 

O chefe do Conselho Executivo do grupo xiita libanês Hezbollah, o clérigo Hashem Safieddine, primo de Hassan Nasrallah e considerado seu sucessor natural, foi eleito o secretário-geral do movimento político e armado da organização, noticiou o canal estatal saudita Al Arabiya.

 

 

 

 

 

 

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