ORIENTE MÉDIO
Irã afirma que vai atacar Israel e EUA se mobilizam para defender seu aliado
A escalada de tensão na região se agravou após o assassinato na capital iraniana do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh
Publicado em: 05/08/2024 16:45 | Atualizado em: 05/08/2024 17:53
Morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, é atribuída a Israel (foto: ATTA KENARE/AFP) |
Segundo publicação do jornal Jerusalem Post, o chanceler de Israel, Isaac Katz, avisou que o Irã já enviou uma mensagem através do Ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, confirmando que Teerã vai atacar Israel.
Nesta segunda-feira, o chefe do Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos, Michael Korilla, também chegou a Israel para abordar a situação estratégica na região, por causa da ameaça do ataque iminente de Teerã ou do Hezbollah contra o território israelense.
Korilla se reuniu com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, General Herzi Halevi. “Ambos realizaram uma avaliação conjunta da situação em questões estratégicas de segurança na região como parte da resposta às ameaças no Oriente Médio. As Forças de Defesa de Israel continuarão a aprofundar a relação com o Exército dos Estados Unidos, com o compromisso de reforçar a estabilidade regional e a coordenação entre os exércitos”, diz o comunicado das FDI.
A escalada de tensão na região se agravou após o assassinato na capital iraniana do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, atribuído a Israel, e do principal comandante do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr, num atentado no Líbano.
Além disso, as IDF anunciaram que Jaber Aziz, comandante do batalhão Al-Farkan das Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, foi morto no bombardeio de domingo da escola Hassan Salama, no bairro de Al-Nasr, na cidade de Gaza. “Aziz era uma importante figura de comando nos combates e a sua morte é um duro golpe para o Hamas", destacou o exército israelita.
De acordo com as autoridades da Faixa de Gaza, cerca de 30 civis também morreram neste ataque. O porta-voz do Serviço de Defesa Civil palestino, Mahmoud Basal, disseu que a maioria das vítimas era crianças e que Israel cometeu um massacre em todos os sentidos do termo.
Apelos globais para conter a crise
O presidente da França, Emmanuel Macron, o líder dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, apelaram hoje por moderação a todas as partes envolvidas no Oriente Médio para evitar uma escalada regional.
Macron agradeceu aos dirigentes dos Emirados e da Arábia Saudita pelos seus esforços nesse sentido e garantiu que podem contar com a França para buscar uma solução diplomática, principalmente no que diz respeito à Linha Azul, a zona de demarcação entre Israel e o Líbano, instituída pelas Nações Unidas.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk também pediu uma ação urgente para evitar um conflito mais amplo na região.
"Estou profundamente preocupado com o risco crescente de um conflito mais vasto no Oriente Médio e insto todos os lados, assim como os Estados com influência, a agirem urgentemente para desanuviar a situação. Tudo deve ser feito para que a situação não se deteriore ainda mais e caia num abismo com consequências ainda mais terríveis para os civis. Os direitos humanos e, em primeiro lugar, a proteção dos civis, devem ser a prioridade absoluta. Nos últimos 10 meses, os civis, especialmente mulheres e crianças, já viveram dores e sofrimentos insuportáveis devido às bombas e às armas de fogo", afirmou Turk.
Mais notícias
Mais lidas
ÚLTIMAS