ISRAEL
Netanyahu dissolve gabinete de guerra
Gabinete de guerra foi composto depois de Gantz ter se unido a Netanyahu em um governo de união nacional no início da guerra no Oriente Médio, em outubro
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 17/06/2024 12:05
Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Foto: Leo Correa/POOL/AFP) |
Nesta segunda-feira (17), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu dissolver o seu gabinete de guerra, formado por seis membros. A medida foi tomada logo após a saída do ex-general Benny Gantz do gabinete e da coligação no poder do governo devido a divergências com Netanyahu sobre os planos e as estratégias para o pós-guerra.
Por sua vez, o líder do principal partido da oposição israelense, Yair Lapid, afirmou que o governo é que devia ser dissolvido.
Já as decisões da guerra na Faixa de Gaza agora devem ser discutidas entre o primeiro-ministro israelense e um reduzido grupo de ministros, incluindo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, que também faziam parte do gabinete de guerra. Além de Gantz, o gabinete anteriormente tinha como observadores o seu colega de partido Gadi Eisenkot, que também renunciou junto com Gantz, e o chefe do partido religioso Shas, Aryeh Deri.
O gabinete de guerra foi composto depois de Gantz ter se unido a Netanyahu em um governo de união nacional no início da guerra no Oriente Médio, em outubro.
No domingo, o partido de Netanyahu acusou Gantz de "fugir da guerra" ao deixar o gabinete e o governo de Israel. "Um homem que fugiu da guerra não vai dar lições de moral ao primeiro-ministro Netanyahu", disse o partido conservador Likud, em resposta às declarações do partido Unidade Nacional, liderado por Gantz, que classificou o líder israelense como "derrotista".
O primeiro-ministro de Israel ainda vem sendo pressionado pelos seus aliados ultranacionalistas e extremistas na sua coligação governamental, como o ministro das Finanças Bezalel Smotrich e o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir, para serem incluídos no gabinete de guerra.
Os analistas políticos avaliam que caso isso aconteça, tal medida deve intensificar as tensões com os parceiros e apoiadores internacionais, sobretudo os Estados Unidos.
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