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Impasse no acordo de cessar-fogo em Gaza
Segundo o porta-voz do Hamas, a proposta anunciada por Biden não corresponde às exigências do grupo para o fim da guerra
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 14/06/2024 14:05
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| Resposta do Hamas sobre a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza desagradou os EUA (Foto: AFP) |
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, declarou que os Estados Unidos não estão satisfeitos com a resposta do Hamas sobre a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que foi entregue no início desta semana. “Demorou demasiado tempo e depois incluiu alterações que atrasaram um acordo", apontou Miller.
O grupo fez uma contraproposta e acrescentou novas exigências para aceitar o plano de paz proposto pelo presidente dos EUA Joe Biden. Por sua vez, o líder norte-americano afirmou que não perdeu a esperança.
O porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, em entrevista ao canal CNN internacional, disse que a proposta anunciada por Biden, não correspondia às exigências do grupo para o fim da guerra. “Queremos uma posição clara de Israel para aceitar o cessar-fogo, uma retirada completa de Gaza, deixar que os palestinos determinem o seu futuro por si próprio, a reconstrução, o fim do cerco. Estamos prontos para falar sobre um acordo justo sobre a troca de prisioneiros", pontuou.
Além disso, a libertação dos reféns detidos em Gaza é um dos pontos essenciais das negociações para um acordo entre o Hamas e Israel, No entanto, Hamdan, admitiu que não tem ideia de quantos deles estão vivos neste momento. “Ninguém tem ideia”, assegurou, acrescentando ainda que a recente operação israelense para libertar quatro dos reféns causou a morte de outros três, incluindo um cidadão americano.
Mas, Tel Aviv considera que mais de 70 reféns dos estimados 120 detidos em Gaza ainda estejam vivos.
Já as brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, disse nesta sexta-feira que mais dois reféns israelenses foram mortos num ataque aéreo israelense em Rafah há alguns dias.
Em abril, o Hamas indicou aos países mediadores que não era capaz de cumprir a exigência de Israel de libertar 40 dos restantes reféns na primeira fase do acordo, incluindo todas as mulheres, doentes e idosos, porque não detinha 40 pessoas vivas que correspondessem a esses critérios para libertação.
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