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GUERRA

Hamas ameaça rejeitar proposta de cessar-fogo

Segundo porta-voz do grupo, proposta de Joe Biden não se alinha com a posição que Israel manteve em maio, quando rejeitou acordo com as mesmas exigências

Publicado em: 05/06/2024 12:05

Porta-voz do Hamas ameaçou recusar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns apresentada pelos EUA e Israel (Foto: AFP/Arquivos)
Porta-voz do Hamas ameaçou recusar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns apresentada pelos EUA e Israel (Foto: AFP/Arquivos)
O porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, ameaçou recusar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na proposta apresentada pelos Estados Unidos e Israel. “O Hamas está à espera de uma posição clara de Israel sobre um cessar-fogo definitivo e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Dissemos aos mediadores que se não houver esse compromisso de Isael incluído na proposta não podemos chegar a acordo", disse Hamdan.
 
"Israel não quer um cessar-fogo e não quer resultados realistas. Por todas essas razões, transmitimos aos nossos mediadores que se deve chegar a um acordo que garanta ou confirme um cessar-fogo permanente e uma retirada completa da Faixa de Gaza", disse na terça-feira o porta-voz do grupo islamita Hamas, Osama Hamdan, durante uma conferência de imprensa.
 
Segundo o porta-voz do grupo, a proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que tem como ponto principal a cessação total das hostilidades em Gaza, não se alinha com a posição que Israel manteve em 06 de maio, quando rejeitou aceitar a um acordo com as mesmas exigências. "Biden falou no seu discurso de um cessar-fogo permanente e de uma retirada abrangente, que recebemos positivamente e expressamos a nossa satisfação, mas a ocupação israelense só quer uma fase de negociações para poder recuperar os seus prisioneiros e depois retomar a sua agressão contra o nosso povo", declarou Hamdan.
 
Hamdan pediu aos mediadores que pressionem Tel Aviv a tomar uma posição clara relativa ao cessar-fogo permanente e à retirada completa das suas tropas no enclave palestino, onde o número de mortos ultrapassa agora os 36.500, segundo o Hamas.
 
Apesar desta proposta anunciada por Biden ter sido aceita por Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Nentayahu, a considera incompleta e reiterou que o seu compromisso continua a ser a vitória total contra o Hamas. Além disso, alguns de seus ministros da ala ultraconservadora são contrários a aprovação e ameaçaram renunciar se houver acordo.
 
Washington também adiantou que o conselheiro de Biden e enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Brett McGurk, vai viajar esta semana para a região para tentar alcançar o acordo de cessar-fogo e a a libertação dos reféns. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, também comunicou que Biden vai trabalhar em conjunto com Netanyahu, para alcançar um acordo para a libertação dos reféns do Hamas.
 
Já o canal egípcio Al-Qahera avançou que uma delegação do Egito irá hoje ao Catar para uma reunião com representantes cataris e norte-americanos para dar continuidade nas negociações de uma trégua em Gaza. 
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