ONU vai votar na Assembleia-Geral entrada plena da Palestina

A entrada da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi rejeitada pelo Conselho de Segurança, em abril, devido ao veto dos Estados Unidos, será votada sem efeitos vinculativos na Assembleia Geral, na próxima sexta-feira (10).

 

A votação na Assembleia Geral da ONU, que tem previsão de que a Palestina obtenha um amplo apoio, foi inicialmente uma mera questão de procedimento, uma vez que todas as resoluções que são vetadas no Conselho de Segurança são obrigadas a ir à Assembleia para um novo debate, de acordo com uma reforma interna feita em 2022.

 

No entanto, os países árabes elaboraram uma nova resolução, na qual o projeto propõe que a Assembleia conceda à Palestina determinados direitos que não lhe são permitidos agora como Estado Observador na ONU desde 2012, um estatuto atual que é apenas  compartilhado com o Vaticano.

 

Neste projeto da resolução está incluído o direito de se sentar entre os Estados-membros, propor leis ou alterações em nome de um grupo, pedir para falar sobre questões não necessariamente relacionadas com o conflito palestino, co-participar de resoluções ou em pontos mais controversos, ser eleita para todos os comitês da Assembleia e também participar em todas as sessões de alto nível das Nações Unidas, onde teria o “direito de voto”.

 

Segundo a Autoridade Nacional Palestina, 137 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem unilateralmente o Estado da Palestina.

 

Mas, recentemente, o vice-embaixador dos Estados Unidos na ONU, Robert Wood, disse que a posição norte-americana não mudou e o reconhecimento total da Palestina devia ser negociado bilateralmente entre Israel e os palestinos, não nas Nações Unidas.