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VIAGEM ÀS PROFUNDEZAS

Bilionário planeja viagem ao Titanic um ano após implosão de submersível

Ele quer ir até os destroços do navio para provar que a viagem é segura após a implosão do submersível Titan, da OceanGate, que matou cinco pessoas em 2023

Publicado em: 30/05/2024 16:54 | Atualizado em: 30/05/2024 16:54

Larry Connor quer visitar destroços do Titanic um ano depois de implosão de submersível (foto: Reprodução / The Connor Group / Triton Submarines)
Larry Connor quer visitar destroços do Titanic um ano depois de implosão de submersível (foto: Reprodução / The Connor Group / Triton Submarines)

Há quase um ano, o mundo inteiro parava para acompanhar o desaparecimento de um submersível que visitaria os destroços do Titanic. Quatro dias depois, a OceanGate, empresa responsável pelo submarino, informou que a condução implodiu. Os cinco passageiros do Titan morreram na hora. Quase um ano depois, em maio de 2024, o bilionário americano Larry Connor, junto com o desbravador das águas Patrick Lahey, planeja fazer a mesma viagem para explorar os restos do transatlântico que naufragou em 1912.

 

Os dois aventureiros pretendem levar um submarino a uma profundidade de 3.800m, mesma profundidade em que se estima que o Titan implodiu. A ideia é mostrar que a viagem é segura e melhorar o mercado de indústrias privadas de submersíveis, em queda desde o caso Ocean Gate. Um porta-voz da empresa Triton Submarines, da qual Lahey é cofundador,  informou nessa terça-feira (28) que a viagem só vai acontecer após a embarcação ser totalmente certificada por uma organização marítima. Por isso, não há prazo para a expedição planejada.

 

O submarino que será usado é um submersível chamado Triton 4000/2 Abyssal Explorer. O número se refere à profundidade em metros na qual a embarcação pode mergulhar com segurança. Segundo o site da Triton Submarines, o Triton 4000/2 Abyssal Explorer possui casco de acrílico certificado comercialmente para mergulhos superiores a 13.000 pés (3.960 metros). O Titan era feito em fibra de carbono e tinha certificado para mergulhar apenas 1.300 m, muito menos do que o local onde está o Titanic.

 

A implosão causou a morte do presidente-executivo da OceanGate, Stockton Rush, 61, e dos outros quatro passageiros: o empresário britânico-paquistanês Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, 19, o empresário britânico Hamish Harding, 58, e Paul-Henry Nargeolet, 77, um francês ex-mergulhador da marinha. O dono da empresa era conhecido por forçar os limites quando se tratava de segurança e ignorou vários avisos de conselheiros sobre possíveis problemas com o Titan. As investigações das autoridades dos EUA e do Canadá estão em andamento.

 

Mas Larry Connor afirma que segue à risca os protocolos de segurança. “Quero mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, pode ser maravilhoso e agradável e realmente mudar vidas se você fizer isso do jeito certo”, disse o bilionário ao Wall Street Journal. 

 

Desde a implosão, a OceanGate suspendeu as operações e outras empresas relataram pedidos cancelados e queda nas vendas. “Esta tragédia teve um efeito inibidor no interesse das pessoas por estes veículos”, relatou Lahey ao periódico. 

 

A Triton Submarines foi fundada em 2008, por Lahey e seu sócio, L. Bruce Jones. Já Connor é chefe do The Connor Group, uma empresa de investimento imobiliário com sede em Ohio, nos Estados Unidos. A dupla viajou, em 2021, em um submersível até o Challenger Deep e o Sirena Deep, na Fossa das Marianas. Com quase 11 mil metros de profundidade, o local é considerado o ponto mais profundo do fundo do mar.

 

 

Confira as informações no Estado de Minas

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