EQUADOR

Um dos líderes foragidos de facção criminosa do Equador é detido

Fabricio Colon, conhecido como "Capitão Pico", é um dos chefes de uma das principais facções de traficantes de droga do país

Publicado em: 22/04/2024 16:23

Fabricio Colon, um dos chefes do grupo criminoso "Los Lobos" (foto: Reprodução/X/Fiscaliza Equador)
Fabricio Colon, um dos chefes do grupo criminoso "Los Lobos" (foto: Reprodução/X/Fiscaliza Equador)

As autoridades policiais do Equador comunicaram que capturou Fabricio Colon, conhecido como "Pico" ou "Capitão Pico", um dos chefes do grupo criminoso "Los Lobos", um das principais facções de traficantes de droga do país. A polícia divulgou imagens da detenção de "Pico".

 

Colon estava foragido há mais de três meses, quando ‘escapou’ do presídio, e é acusado de ter organizado uma tentativa de atentado contra a procuradora-geral da República equatoriana, Diana Salazar. As autoridades também suspeitam que os "Los Lobos" estejam envolvidos no assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, morto a tiros por assassinos colombianos quando saía de um comício de campanha em Quito, capital equatoriana, em agosto passado.

 

O alvo do plano de assassinato de "Pico", a procuradora-geral Diana Salazar, que lidera a ofensiva legal contra os grupos criminosos e conduziu diversas investigações que revelaram as suas ligações com políticos, juízes e funcionários públicos superiores, é considerada uma das pessoas mais ameaçadas do país.

 

O Ministério do Interior do país ainda infomou hoje que “Pico” foi detido numa zona de Puerto Quito, uma pequena cidade a noroeste da capital, e acrescentou que na mesma operação policial foram presos mais dois homens e apreendidas armas.

 

Paralelamente, outra fuga, a do líder criminoso, Adolfo Macias, conhecido por "Fito", da penitenciária de Guayaquil, desencadeou desde a sua fuga uma onda de violência sem precedentes nas prisões e nas ruas do Equador, sendo considerado um dos mais perigosos do país.

 

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, anunciou recentemente que o país enfrentou a partir daí um conflito armado interno e, por isso decidiu enviar forças do exército para ‘neutralizar’ aproximadamente 20 de grupos criminosos. Desde então, já foram assassinados cerca de 15 políticos, presidentes de câmara, funcionários locais e delegados do Ministério Público. 

 

No último domingo, no próprio dia de um referendo sobre segurança sobre se deve ou não aprovar medidas mais rigorosas contra o crime organizado num país tomado por sangrentas guerras de gangues, o diretor de uma prisão no oeste do país foi morto a tiros.

 

O país sul-americano mergulhou numa crise após anos de expansão dos cartéis transnacionais que usam os seus portos para enviar drogas para os Estados Unidos e a Europa.