GUERRA
Primeiro-ministro de Israel nega fome em Gaza
Em um comunicado do governo israelense, Netanyahu desmentiu as alegações das organizações internacionais sobre a fome no local
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 17/04/2024 15:50 | Atualizado em: 17/04/2024 15:54
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (Foto: ABIR SULTAN/ POOL/AFP) |
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou as alegações de fome na Faixa de Gaza durante uma reunião, em Jerusalém, com os chanceleres da Alemanha e do Reino Unido, respectivamente Annalena Baerbock e David Cameron.
Em um comunicado do governo israelense, Netanyahu desmentiu as alegações das organizações internacionais sobre a fome em Gaza, depois de reiteradas denúncias de organismos humanitários e dos direitos humanos sobre a escassa entrada de ajuda permitida no enclave palestino, sobretudo no norte.
"Durante estes encontros, o primeiro-ministro insistiu que Israel se reserva o direito de se proteger", acrescenta à nota das autoridades israelenses. Netanyahu agradeceu o apoio do Reino Unido e Alemanha. "Eles têm todo o tipo de sugestões e conselhos. Agradeço-lhes por isso. Mas quero ser claro: nós próprios tomaremos as nossas decisões e o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender", declarou.
Cameron e Baerbock apelaram pela contenção nesta primeira visita de representantes ocidentais a Israel desde que o Irã lançou um ataque sem precedentes contra o território israelense, no último fim de semana. O presidente israelense, Isaac Herzog, também recebeu os chefes da diplomacia britânica e alemã e apelou a todo o mundo para contrariar a ameaça do "regime" de Teerã, que busca minar a estabilidade de toda a região.
Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou ter feito contato com 32 países instando-os a impor sanções ao programa de mísseis do Irã e ao mesmo tempo designar a Guarda da Revolução Islâmica como organização terrorista. Katz disse que esta liderando uma ofensiva diplomática contra o Irã e que as medidas vão contribuir para conter e enfraquecer o país, que precisa ser travado agora antes que seja tarde demais.
Apelos internacionais
A comunidade internacional redobrou hoje os esforços diplomáticos para evitar uma retaliação de Israel contra o Irã que pode escalar as tensões e a violência no Oriente Médio, que já ameaçou responder se houver uma resposta de Tel Aviv. Mas os países europeus prometeram, paralelamente, sanções contra Teerã, se mostrando alinhados no que diz respeito ao endurecimento das imposições ao Irã. Além disso, os Estados Unidos afirmou que trabalha em um novo pacote de sanções contra o Irã em resposta ao ataque de mísseis iranianos a Israel.
Também na reunião extraordinária do Conselho Europeu, que acontece hoje e na quinta-feira, o alto representante da União Europeia, Josep Borrell, adiantou que já esta sendo preparada a ampliação das sanções em relação aos mísseis para a Rússia e aos aliados regionais do Irã. Esta ideia já tinha sido defendida por Baerbock, que fez o pedido à França e a outros parceiros da UE para que o regime de sanções contra os drones fosse alargado a outros equipamentos militares usados por Teerã e seus parceiros. O presidente francês, Emmanuel Macron, indicou hoje que é "dever" da União Europeia ampliar as sanções contra o Irã proibindo a exportação da UE para o país de componentes utilizados na fabricação de drones.
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