Polícia Federal

Operação Fantoche investiga corrupção no Ministério do Turismo e Sistema S

Publicado em: 19/02/2019 07:16 | Atualizado em: 19/02/2019 16:31

Detalhes da operação serão divulgados às 10h na sede da PF, no Recife. Foto: Camila Pifano

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou nesta manhã (19), com a colaboração do Tribunal de Contas da União, a Operação Fantoche, visando desarticular organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. Os presidentes da CNI, Robson Braga, e da Fiepe, Ricardo Essinger, foram presos na operação. O Instituto Oriami e as empresas Aliança Comunicação e Cultura, Idea Locação de Estruturas e Iluminação, Somar Intermediação e Negócios e Ateliê Produções Artísticas também são alvos da investigação.

 

Segundo a PF, um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar atua de forma contínua e perene, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado sistema “S”. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos. 

O modus operandi empregado consiste na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e Unidades do Sistema S, contratos estes, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

A ação conta com a participação de 213 policiais federais e 08 auditores do TCU que estão cumpriram 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.


A assessoria do Sistema Fecomércio/Senac/Sesc, em Pernambuco, esclareceu, em nota, que nenhuma dessas instituições estão envolvidas na Operação Fantoche, da Polícia Federal. "Vale lembrar que o Sistema S é composto por nove instituições corporativas voltadas ao treinamento profissional, pesquisa e assistência técnica e social. O Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE reafirma que não praticou nenhum ato ilícito e não é citado ou investigado em nenhuma operação ou processo criminal". 

 

 

 

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