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Ministro da Fazenda diz que não tem como conter impostos no combustível

Nesta segunda-feira (21/5), vários motoristas e caminhoneiros pelo Brasil fazem protestos contra os altos preços

Publicado em: 21/05/2018 21:14 | Atualizado em: 21/05/2018 21:22

Guardia também reforçou que o país está empenhado reverter o quadro fiscal. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, declarou que as contas públicas não têm flexibilidade para medidas de redução de tributos, como a diminuição de impostos para os combustíveis. As declarações foram dadas durante uma teleconferência com jornalistas, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (21). 

Nesta segunda-feira (21), vários motoristas e caminhoneiros pelo Brasil fazem protestos contra os altos preços. Apesar disso, o governo federal sofre com a deterioração das contas públicas, que apresentam deficits consecutivos desde 2014. 

“Temos que ter cuidado com medidas de redução de receitas”, disse. “Estamos trabalhando forte na consolidação fiscal e não podemos ter redução de tributos nesse momento”, afirmou.  

No ano passado, o Ministério da Fazenda anunciou em julho o aumento do PIS e da Cofins para a gasolina, diesel e etanol. O motivo se baseou no risco do Executivo não cumprir a meta fiscal do ano passado, que era de um rombo de R$ 159 bilhões. Com a melhora de arrecadação no segundo semestre, 

Na última sexta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, declarou que a alta dos preços nas bombas é uma preocupação do governo. “Eu acho que o imposto está muito alto, temos que repensar essa questão. Temos que repensar PIS/Cofins e ICMS também”, disse. Nesta segunda-feira (21), vários motoristas e caminhoneiros fazem protestos pelo país contra os preços elevados. 

Durante a conferência, Guardia também reforçou que o país está empenhado reverter o quadro fiscal, mantendo a agenda de reformas para os próximos anos. Ele destacou que, para 2018, há a necessidade de desestatização da Eletrobras. 

Dólar

Guardia ressaltou que o movimento de alta do dólar é “global”. Com a tendência de alta da inflação dos Estados Unidos (EUA) e consequentemente da taxas de juros do país, feita pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), há uma atração de recursos para a economia estadunidense.

“É um movimento global e não podemos mudar essa direção. Não podemos evitar. Podemos evitar o excesso de volatilidade”, disse. Na última sexta-feira (18/5), o Banco Central (BC) anunciou que triplicará a oferta de swap cambial para segurar a alta do câmbio.  Guardia voltou a destacar que o Brasil possui mais de US$ 370 bilhões em reservas internacionais.
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