Tratamento

Com alta população na classe C, Nordeste está acima do Brasil em sensibilidade dos dentes

Abandono de tratamento é justificado porque associam cremes dentais para este fim a medicamentos

Publicado em: 10/02/2018 08:00

São Paulo* - Quatro em cada dez nordestinos têm sensibilidade nos dentes. É acima do número nacional, que marca três em cada dez pessoas que sofrem desse mal. O detalhe do Nordeste é que a presença desse mal é mais forte porque reúne uma maior população da classe C. Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Kantar, encomendada pelo grupo GSK, que detém a marca Sensodyne. O levantamento mostrou que o uso de cremes dentais específicos para sensibilidades são mais rejeitados no Nordeste, o que resulta em abandono por boa parte dos que iniciam o uso de produtos para este fim. Cerca de 15% das pessoas param de utilizar cremes dentais do tipo no Brasil e a maioria é no Nordeste. Em uma segunda pesquisa, essa realizada pelo Ibope, o Recife aparece como a segunda colocada nas que definem a sensibilidade nos dentes como um sintoma “extremamente desconfortável”.

A medida da Sensodyne para se aproximar mais desse público foi a apresentação do novo creme dental, o Sensodyne Limpeza Profunda. A presidente da GSK Consumo, Andréa Rolim, acrescenta que a proposta é trazer a experiência de um creme dental comum ao tratamento de quem convive com as dores da sensibilidade. “Menos da 50% das pessoas que sentem sensibilidade não procuram um dentista para tratar especificamente do assunto e, quando vão, não usam os produtos que cuidam da sensibilidade por não serem atendidos pelo sabor ou pela textura. Foi nessa necessidade que a gente pensou o produto”, pontuou.

De acordo com RobertaCastro, diretora de marketing da Sensodyne, os produtos da marca são mais rejeitados no Nordeste por não atenderem a essas necessidades gerais e também a algumas específicas. “Muito da rejeição ao uso de cremes dentais para sensibilidade é porque eles são associados a medicamentos. No Nordeste, como ainda há muita gente da classe C, percebemos que ainda há a exigência de que eles fazem pouca espuma, o que não provocaria a sensação ideal de limpeza”, pontua. “E vale ressaltar que a limpeza não está diretamente associada à quantidade de espuma que é produzida na escovação. É o mesmo que ocorre nos cosméticos como xampus. Mas já que existia a demanda, agora foi atendida como o sensodyne limpeza profunda, que utiliza tecnologia para espumar mais e com sabor de menta”, complementa.

Em números gerais do Ibope, a Região Nordeste possui maior incidência de indivíduos com sensibilidade aguda do que a região Sudeste e as regiões Sudeste e Sul apresentam menor presença de indivíduos com nível de sensibilidade aguda. O estudo da Kantar verificou também que, entre cinco capitais pesquisadas, Porto Alegre (RS) é a primeira que considera sensibilidade nos dentes um sintoma extremamente desconfortável, seguida por Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG).

Lançamento
O produto foi lançado em evento no restaurante Mangiare, em São Paulo. A ideia foi promover um jantar com pratos que provocassem incômodo em quem apresentasse qualquer nível de sensibilidade. O menu foi elaborado pela chef argentina Paola Carosella, conhecida por ser uma das juradas do programa Master Chef Brasil. Os pratos elaborados tinham características de intensidade: muito gelada, como sopa fria com uvas congeladas; muito doce, como a sobremesa de doce de leite; muito cítrica, como um prato de ervas e limão e laranja, entre outros.

No evento, a dentista Thais Azevedo informou que a sensibilidade é uma das principais queixas de problemas bucais e o que falta, quase sempre, é informação sobre saúde oral. “Escovação muito forte, consumo de produtos muito doces, ácidos atacam dentes sensíveis e que é importante a pessoa saber do problema para poder cuidar. Porque cuidar não é parar de comer o que se gosta, mas usar instrumentos para se proteger e poder continuar consumindo os alimentos que satisfazem. É pensar na saúde e no bem estar, de se sentir bem nas refeições, por exemplo”, pontuou. “E quem precisa usar tem que usar um produto de acordo com o problema”, ressalta a dentista.

*O repórter viajou a convite da Sensodyne
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