Firmeza Reino Unido passa por "leve desaceleração", mas economia está firme, diz BoE Mais cedo, o BoE decidiu manter a taxa básica de juros na mínima histórica de 0,5% e o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras, conforme previsto por analistas

Por: Agência Estado

Publicado em: 08/10/2015 09:35 Atualizado em:

O Reino Unido passa por uma "leve desaceleração", como sugerem os últimos indicadores, mas sua economia se mantém firme, de forma geral, segundo a ata da reunião de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que teve início ontem e foi concluída hoje.

Mais cedo, o BoE decidiu manter a taxa básica de juros na mínima histórica de 0,5% e o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras, conforme previsto por analistas.

Os dados mais recentes mostram que a economia britânica perdeu força no terceiro trimestre, após se expandir em ritmo saudável no primeiro semestre do ano.

Um índice de atividade no setor de serviços, que responde por mais de três quartos da produção anual do Reino Unido, atingiu em agosto o menor nível desde 2013.

A manufatura britânica, por sua vez, foi pressionada pela valorização da libra e pela desaceleração global, ambos fatores que têm prejudicado a demanda por bens e serviços do Reino Unido no exterior.

De acordo com a ata, a ligeira perda de força da economia britânica é um sinal normal de que o país está se aproximando do ponto de equilíbrio após a crise. No documento, o BoE estima que o PIB do Reino Unido cresceu 0,6% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores. No segundo trimestre, a economia britânica teve expansão de 0,7%.

O BoE também avaliou que há poucos sinais de forte enfraquecimento na atividade da China, apesar de preocupações crescentes com o gigante asiático, mas previu que poderá haver uma piora na economia dos países emergentes. As nações mais avançadas, por outro lado, estão resistindo relativamente bem, segundo o BC inglês.

Ainda na ata, o BoE projeta que a inflação do Reino Unido continuará abaixo de 1% até o primeiro semestre de 2016, em parte pressionada pela libra mais forte. Para o BoE, a política atual deverá conduzir a taxa de inflação para sua meta de 2% ao longo dos próximos dois anos.

Juros
Recentemente, o presidente do BoE, Mark Carney, disse acreditar que a instituição só terá uma percepção mais clara de quando deve elevar o juro básico pela primeira vez desde 2007 na virada do ano.

As previsões mais recentes das autoridades britânicas sugerem que o BoE vai começar a aumentar os juros na primeira metade de 2016. Os investidores, por outro lado, duvidam que o BC inglês comece a agir tão cedo. A taxa de juros de derivativos indexados à taxa básica sugere que o primeiro aumento só virá no fim de 2016 ou no começo de 2017.

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