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Caesb anuncia aumento de 2,99% na tarifa de água a partir de 1º de abril

Publicado em: 01/03/2019 13:09

Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) vai reajustar em 2,99% a tarifa de água a partir de 1º de abril de 2019. O aumento no preço das contas de água havia sido definido em abril de 2018, pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), mas não foi aplicado por causa do racionamento.

Segundo a Caesb, a medida é um "reforço no plano de saneamento das contas da companhia, que hoje acumula endividamento superior a R$ 1 bilhão". O reajuste havia sido barrado em maio do ano passado, quando o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou que a companhia realizasse ajustes "internos necessários para manter o equilíbrio financeiro da empresa".

O racionamento de água no Distrito Federal durou um ano e meio, de 16 de janeiro de 2017 a 15 de junho de 2018. A companhia calcula que, com a redução de 12% do consumo de água pelo moradores do DF, houve perda financeira no valor de R$ 100 milhões. 
 
Caesb pedia reajuste maior

Anunciado em abril de 2018, o reajuste de 2,99% aprovado pela Adasa ficava bem abaixo do solicitado pela Caesb: 9,69%. A inflação da época era de 2,95%.

Anualmente, a partir de 1º de junho, começa a ser cobrado o Índice de Reajuste Tarifário (IRT), que faz parte do contrato de concessão, para adequar os valores cobrados à inflação.

O aumento anunciado pela Adasa, em 2018, causou conflito no GDF. À época, Rollemberg havia considerado "inadequado qualquer aumento nesse momento, especialmente com um índice acima da inflação”. A decisão do Executivo foi de entrar com um recurso da Procuradoria-Geral do DF para manter o preço da tarifa de água em meio ao racionamento.

Como no ano passado o reajuste não foi feito, a Caesb decidiu adiantar o aumento de 2019 para abril. Procurada, a Caesb ainda não respondeu se haverá outro reajuste da tarifa em junho deste ano.

Privatização

Na semana passada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que estuda a possibilidade de privatizar a Caesb e a Companhia Energética de Brasília (CEB). O argumento do emedebista é o deficit que ambas as empresas públicas enfrentam, com débitos que superam R$ 1 bilhão.

De acordo com Ibaneis, a gestão dessas empresas não foi adequada nos últimos anos. "Não existe nenhuma empresa superavitária no Distrito Federal", disse. "Infelizmente, a cultura que se instalou no DF, principalmente ao longo dos últimos 10 anos, foi de um consumo interno das empresas pelas suas forças, pelo seu trabalho, e vocês sabem do que eu estou falando. Temos servidores que ganham muito, servidores que se aposentam e continuam trabalhando dentro das empresas. Então, temos aquelas que se consomem internamente."
 
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