Transporte aéreo

Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) solicita que horário de verão seja revisto

Entidade alega que irá prejudicar milhares de passageiros, uma vez que as companhias aéreas terão que remarcar os horários dos voos e conexões

Publicado em: 05/10/2018 15:04 | Atualizado em: 05/10/2018 15:47

Foto: Reprodução/ Pixabay
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou nota à Imprensa informando que está preocupada com o adiamento do início do horário de verão no Brasil para 18 de novembro, ao invés de 4 de novembro, como planejado anteriormente. A entidade diz que a mudança, feita em prazo muito curto, terá sérias consequências para milhões de passageiros que já compraram passagens ou fizeram planos, já que as companhias aéreas terão que reajustar os horários de voos e de conexão. 

A associação alega ainda que a alteração também interrompe o planejamento da malha de mais de 50 companhias aéreas, domésticas e internacionais, que operam no Brasil. "Solicitamos ao Ministérios da Casa Civil, Transportes, Minas e Energia, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) reconsiderar essa mudança e iniciar o horário de verão como originalmente previsto, em 4 de novembro", afirma Dany Oliveira, Diretor Geral IATA Brasil.

A mudança da data foi anunciada pelo Palácio do Planalto na última terça-feira (3), depois que o presidente Presidente Michel Temer atendeu a um pedido do Ministério da Educação, que temia que o horário de verão prejudicasse candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Foi confirmado que o horário de verão só terá este ano à zero hora do dia 18 de novembro. As provas do Enem estão marcadas para dia 4 de novembro. É a segunda mudança de data. A primeira foi por causa do segundo turno das eleições. 

Com o fim do horário de verão mantido para 16 de fevereiro (quando o relógio deverá ser atrasado em uma hora), o horário de verão 2018-2019 terá 91 dias de duração, 35 a menos do que em 2017-2018. No ano passado, o governo Michel Temer chegou a cogitar acabar com a mudança, que atinge sobretudo o Sudeste. 
No dia 26 de setembro, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, solicitou formalmente ao presidente Michel Temer que adiasse o início do horário de verão. O MEC temia que candidatos pudessem perder o exame, caso ocorresse no mesmo dia da mudança dos relógios. Outra dificuldade seria a logística necessária para a aplicação da prova no Norte do País, onde alguns municípios ficariam com até três horas de atraso em relação ao horário de Brasília - que define início e término do exame. 
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