Brasília Animação sobre feminicídio lembra caso de estudante assassinada por colega em universidade Vídeo que aborda a violência contra a mulher e a desigualdade de gênero é transmitido em terminais do metrô

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 22/12/2017 16:19 Atualizado em: 22/12/2017 17:23

O roteiro foi produzido por três alunos surdos de escolas públicas do Distrito Federal. Foto:
O roteiro foi produzido por três alunos surdos de escolas públicas do Distrito Federal. Foto:

Uma animação produzida por um professor da Universidade de Brasília (UnB) e alunos do ensino médio da rede pública do Distrito Federal homenageia a estudante de biologia Louise Maria da Silva Ribeiro, 20 anos, assassinada por um colega de curso dentro da instituição. O filme Louise ressalta a desigualdade de gênero e está sendo exibido nos terminais metroviários da capital.

O professor responsável pelo projeto, Domingos Coelho, do departamento de psicologia da UnB, explica que a animação mostra uma menina chamada Louise que é uma garota que joga futebol. "Jovens que brincam na rua não deixam ela participar do jogo e ela resolve lutar para participar. Um dos meninos entra de carrinho na amiga dela e as duas partem para cima e ganham o jogo", diz. Domingo afirma que a ideia foi abordar a violência contra a mulher de outro ângulo.  
 
O roteiro foi produzido por três alunos surdos de escolas públicas do Distrito Federal. O professor relata que se trata de um projeto de extensão que ele é responsável. "O filme é narrado só com gestos e expressões, não tem som. Por isso, pode ser assistido em qualquer lugar ou país e é perfeito para ser exibido no metrô", esclarece. 
 
No total, o vídeo contabiliza mais de seis mil visualizações na página do Facebook. Domingos conta que pessoas de outros países, como Uruguai e Paraguai, também estão os que assistiram. O filme fica em exibição nos terminais metroviários do DF até dia 29 deste mês. 

Relembre o caso
A estudante de biologia da Universidade de Brasília (UnB) Louise Ribeiro, 20 anos,  foi assassinada por outro aluno da instituição após ser dopada com clorofórmio.  Ela foi forçada a ingerir o tóxico dentro do laboratório do curso. O crime ocorreu em março de 2016. O motivo do homicídio teria sido a recusa da menina em ter um relacionamento com Vinícius Neres, de 19 anos. Ele ainda ateou fogo ao rosto e à genitália da vítima.

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