Espírito Santo Estudantes de medicina postam fotos sem calças e causam polêmica na web O que para os alunos parecia uma simples brincadeira foi recebido por profissionais da área como uma afronta e desrespeito à medicina

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 10/04/2017 17:26 Atualizado em:


Neste final de semana sete estudantes do curso de medicina da Universidade de Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, provocaram constragimento à classe médica, ao publicar fotos polêmicas nas redes sociais. Nas imagens, os futuros médicos aparecem trajando jaleco, com as calças abaixadas até o tornozelo, fazendo gestos obscenos com as mãos, simulando uma genitália feminina. A fotografia conta ainda com hashtags como #pintosnervosos, #gorilas, entre outras expressões de baixo calão.

O que para os alunos parecia uma simples brincadeira foi recebido por profissionais da area como uma afronta e desrepeito à medicina. O urologista, Mário Fônseca, afirmou estar indignado e questionou a postura dos estudantes. “Talvez os médicos capixabas nunca tenham tomado medidas drásticas a ponto de sermos interpretados como condescendentes com posturas como essas. Que tipo de brincadeira foi essa? Que tipo de profissionais eles querem ser e por que escolheram a medicina?”, disse ele. 

A Universidade de Vila Velha informou que será aberta uma sindicância para apurar os fatos e os sete estudantes universitários podem ser punidos com advertência verbal até expulsão, se compatível com o ocorrido. A UVV informou tambem, que teve acesso a duas fotos envolvendo os alunos, e ainda não identificou a existência de outras circulando.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) repudiou e chamou de desrespeitosa a atitude. Representantes do órgão se reuniram na manhã desta segunda-feira (10) com a coordenação do curso de medicina da universidade e confirmou a autenticidade dos fatos. Outra reunião está marcada para acontecer amanhã (11) com os envolvidos, e todos os alunos do curso, para esclarecer sobre a seriedade do caso e o flagrante desrespeitoso à ética profissional. O CRM enfatizou que se os envolvidos fossem médicos, mesmo que recém-formados, caberia a eles abrir sindicância e um consequente processo ético profissional, cuja punição varia de advertência à cassação do registro de médico.

O conselho informou também que tem adotado ações administrativas por meio de palestras para orientar médicos e estudantes sobre a ética profissional. Durante o ano, conselheiros vão às faculdades para alertar sobre a importância da boa postura profissional e realizam julgamentos simulados para mostrar aos recém-formados e futuros médicos a importância da boa prática médica e as ações do Conselho de Medicina.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (SIMES), Otto Baptista, também de manifestou e cobrou as providências éticas necessárias.  “O olhar do Sindicato, da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Confederação Nacional dos Médicos (CNM) é pelo lado profissional médico e ético. As cenas contribuíram para chocar não só a opinião pública como também a classe médica em geral”.



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