Conselho de Segurança apoia proposta dos EUA de estabilização em Gaza
A declaração ocorre após o representante dos EUA junto da ONU, Mike Waltz, ter se reunido com os embaixadores dos dez países atualmente no Conselho de Segurança
Publicado: 06/11/2025 às 15:03
Conselho de Segurança da ONU (LEONARDO MUNOZ/AFP)
Os Estados Unidos anunciaram hoje que contam com o apoio do Conselho de Segurança da ONU para um projeto que enviará uma força internacional de estabilização para a Faixa de Gaza, por pelo menos dois anos.
A declaração ocorre após o representante dos EUA junto da ONU, Mike Waltz, ter se reunido com os embaixadores dos dez países atualmente no Conselho de Segurança, a Argélia, Dinamarca, Grécia, Guiana, Paquistão, Panamá, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Somália.
Na véspera, a missão norte-americana junto das Nações Unidas também confirmou a apresentação da proposta, que marca o próximo passo no plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para o término da guerra. “Washington mais uma vez apresentará resultados no organismo, em vez de se envolver em negociações intermináveis. As partes aproveitaram esta oportunidade histórica para pôr definitivamente fim a décadas de derramamento de sangue e concretizar a visão do presidente Trump de uma paz duradoura no Oriente Médio", afirmou a missão.
Os EUA, além disso, declararam que parceiros regionais importantes apóiam a resolução do Conselho de Segurança, depois da reunião com as autoridades do Egito, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Waltz descreveu a reunião como histórica e destacou o forte apoio dos países. "Tudo isto está acontecendo graças à liderança firme do presidente Trump, que uniu as nações, trouxe os reféns de volta para casa e criou uma paz real no Oriente Médio", acrescentou.
No entanto, o comunicado da missão dos EUA não refere qual a data em que a proposta norte-americana poderá ir à votação. Segundo fontes norte-americanas, o projeto de resolução pede que a força internacional assegure o processo de desmilitarização da Faixa de Gaza e o desarmamento permanente de armas de grupos paramilitares e não estatais.
Mas, um grande desafio no plano de 20 etapas de Trump, que incluiu o cessar-fogo e a reconstrução do território, é a forma de desarmar o Hamas, que ainda não aceitou totalmente essa medida.
Já o Hamas disse que uma sua delegação, sob a liderança de Khalil al-Hayya, se encontrou ontem com o chefe dos serviços secretos da Tuquia, Ibrahim Kalin. “O encontro foi sobre a continuação dos ataques e tiroteios em áreas controladas pelas forças de ocupação, o fechamento contínuo das passagens fronteiriças e a necessidade de reconstruir as infraestruturas de Gaza, como esgotos, estradas e eletricidade”, diz o nota do grupo.
Enquanto isso, as autoridades israelenses receberam na quarta-feira à noite o corpo de mais um refém que estava em Gaza, que foi entregue à Cruz Vermelha pelo grupo Hamas. O Exército de Israel informou que o corpo foi levado para o Centro Nacional de Medicina Legal para identificação e que se trata do estudante tanzaniano Joshua Luito Mollel. "Os esforços para resgatar os nossos reféns continuam e não cessarão até que o último refém seja resgatado", disseram.