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Hezbollah diz que tem direito de se defender e recusa negociações com Israel

"Apesar do Líbano estar obrigado a cumprir o cessar-fogo, o acordo não força o país a negociar com Israel", disse o grupo xiita em carta aberta

Isabel Alvarez

Publicado: 06/11/2025 às 13:26

Apoiadores do grupo militante xiita libanês Hezbollah comparecem ao funeral de militantes mortos em recentes ataques israelenses, na cidade de Nabatiyeh/ MAHMOUD ZAYYAT / AFP

Apoiadores do grupo militante xiita libanês Hezbollah comparecem ao funeral de militantes mortos em recentes ataques israelenses, na cidade de Nabatiyeh ( MAHMOUD ZAYYAT / AFP)

Em uma carta aberta dirigida à população e aos líderes do Líbano, o grupo xiita libanês Hezbollah reivindica o direito legítimo de se defender de um "inimigo" (Israel) e de resistir à ocupação israelense, que acusa de manter os ataques contra o país. O Hezbollah indicou ainda apoiará o exército libanês neste processo de defesa e também afirmou que se opõe a negociações políticas com Tel Aviv, uma vez que os contatos não servem o interesse nacional do Líbano.
“Apesar do Líbano estar obrigado a cumprir o cessar-fogo, o acordo não força o país a negociar com Israel”, aponta o texto.

Já a carta aberta do Hezbollah, que usa este método de comunicação pela primeira vez, acontece no mesmo dia em que o governo libanês deve divulgar a atualização do plano de desarmamento.

Nos últimos dias, as forças israelenses intensificaram os bombardeios contra o território libanês e argumentaram que visam impedir o grupo de reconstruir estruturas militares.

No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hezbollah de tentar se rearmar, além do ministro da Defesa, Israel Katz, denunciar o presidente do Líbano de nada fazer em relação a esse desarmamento.

Por outro lado, o presidente libanês, Joseph Aoun, reiterou ontem a oferta de negociações com o governo israelense, assegurando que o mesmo não respondeu à proposta e mantém as ofensivas militares.

O Hezbollah ficou enfraquecido após a recente guerra contra Israel, com os Estados Unidos tendo pressionado as autoridades libanesas para que desarmem o grupo.

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