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Crescimento econômico é responsável pelo aumento das emissões de CO2 mundiais, afirma OCDE

A redução das emissões é a chave para combater o aquecimento global

AFP

Publicado: 06/11/2025 às 09:27

Cientistas analisam a influência do aquecimento global nas propriedades físicas, químicas e biológicas do oceano antártico/Foto: UFPE

Cientistas analisam a influência do aquecimento global nas propriedades físicas, químicas e biológicas do oceano antártico (Foto: UFPE)

O crescimento econômico, em particular nos países emergentes, é o principal fator responsável pelo aumento das emissões mundiais de gases do efeito estufa, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado nesta quinta-feira (6).

"O crescimento econômico é o motor das emissões nos países parceiros da OCDE", afirma a organização internacional, formada por 38 Estados membros, em seu "Observatório da Ação Climática" de 2025.

Entre os "países parceiros" estão grandes economias emergentes cujas emissões não param de crescer, o que arrasta as emissões do restante do mundo, como China, Índia e Arábia Saudita. E países onde as emissões diminuem levemente: Brasil, Indonésia e África do Sul.

A redução das emissões é a chave para combater o aquecimento global. Cada décimo de grau adicional acarreta uma série de perturbações para a biodiversidade, o ciclo da água e os desastres naturais.

Nos países parceiros, "o crescimento da população e o forte crescimento econômico pesam mais que os avanços na eficiência energética", explicou a OCDE.

Os economistas da organização calculam que, entre 2015 e 2023, nestes países, onde as emissões aumentaram 19,3% durante o período, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é o único responsável por um aumento das emissões de 29,5%, muito à frente do crescimento da população (+5,6%).

A OCDE aponta "um ressurgimento da energia térmica a partir do carvão", apesar da "presença recorde de energias renováveis".

Os países da OCDE, com economias industrializadas há mais tempo, "reduziram as emissões melhorando a eficiência energética e recorrendo a energias mais limpas, ao mesmo tempo que continuavam seu crescimento econômico e demográfico", segundo o relatório.

Entre 2015 e 2023, suas emissões diminuíram 11,3%.

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