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EUA podem sofrer shutdown devido ao impasse orçamentário

Trump já havia culpado a oposição pelo impasse orçamentário

Isabel Alvarez

Publicado: 30/09/2025 às 14:21

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (não visto) após seu encontro em Chequers, em Aylesbury, região central da Inglaterra, em 18 de setembro de 2025, no segundo dia da segunda visita de Estado do presidente dos EUA. (Foto de ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)/ AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (não visto) após seu encontro em Chequers, em Aylesbury, região central da Inglaterra, em 18 de setembro de 2025, no segundo dia da segunda visita de Estado do presidente dos EUA. (Foto de ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP) ( AFP)

A reunião na Casa Branca entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os líderes democratas no Congresso sobre um acordo para estender o financiamento da administração pública terminou ontem (29) com grandes divergências entre republicanos e democratas, a pouco mais de 24 horas do fim do prazo para evitar uma paralisação.

O vice-presidente dos EUA JD Vance alertou que o país caminhar para o shutdown e acusou a oposição. “Os democratas estão apontando uma arma para a cabeça do povo norte-americano com as suas exigências para evitar uma paralisação. Penso que estamos caminhando para uma paralisação porque os democratas não fazem a coisa certa", afirmou.

O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, reconheceu após a reunião com Trump que existem grandes desacordos com os republicanos para evitar uma paralisação antes de hoje à noite. Por sua vez, Trump também já havia culpado a oposição pelo impasse orçamentário.

O Senado norte-americano rejeitou no dia 19 de setembro um projeto-lei de financiamento temporário do Estado aprovado anteriormente na Câmara do Congresso pelos republicanos, que imediatamente responsabilizaram os democratas por uma eventual paralisação parcial. Na ocasião somente um senador democrata votou a favor do projeto-lei. No Senado, a maioria republicana ocupa 53 lugares contra 47 dos democratas, sendo necessário apoio de 60 senadores para a aprovação.

Enquanto isso, os democratas haviam apresentado uma proposta de financiamento alternativa que protegeria subsídios aos cuidados de saúde, porém a sua minoria em ambas as câmaras tornam a sua aprovação quase inviável.

No entanto, Schumer ameaçou vaias vezes com uma paralisação se não fossem atendidas as exigências do seu partido de reposição de fundos para a saúde pública, cortados pelo pacote legislativo de Trump batizado pelo próprio de "grande e bela lei".

Mas, antes da votação no Senado, a Câmara Congresso, também de maioria republicana, aprovou um financiamento para sete semanas, entre 1 de outubro e 21 de novembro.

O projeto de lei, em geral, financiaria a administração pública aos níveis atuais, com algumas exceções, como mais 88 milhões de dólares para a segurança dos membros do Congresso, Supremo Tribunal e do governo, num contexto de crescentes ameaças sobre estes e do assassinato do ativista ultraconservador Charlie Kirk.

No início do ano, Schumer votou com os republicanos para manter o financiamento ao governo, e foi por isso alvo de críticas no seu partido, mas agora dizem que esta disposto a arriscar uma paralisação se as suas exigências não forem atendidas. Segundo Schumer, a principal mudança desde então foi que os republicanos aprovaram o pacote legislativo de Trump sobre isenções fiscais e cortes de despesas contemplando poupanças no Medicaid e em outros programas públicos de assistência a saúde, que implicam que milhões de pessoas ficarão sem acesso aos mesmos.

Os democratas argumentaram hoje que não podem simplesmente concordar com um projeto de lei republicano que continua a prejudicar a saúde dos americanos comuns que já vivem com a economia adotada pela administração Trump, onde os custos não estão a diminuir, mas sim a aumentar.

Mas, antes do final do prazo, o Senado deverá na terça-feira votar novamente a proposta republicana para manter temporariamente o financiamento durante sete semanas.

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