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Nova incursão de drone russo no espaço aéreo de um país da Otan, desta vez na Romênia

Neste sábado (13) a Polônia e a Otan mobilizaram helicópteros e aviões de combate, após os bombardeios com drones russos na Ucrânia

AFP

Publicado: 13/09/2025 às 19:34

A intrusão do artefato ocorre após a Polônia denunciar na quarta-feira a entrada em seu espaço aéreo de 19 drones, que foram derrubados com a ajuda da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)/Foto: FLORENT VERGNES / AFP

A intrusão do artefato ocorre após a Polônia denunciar na quarta-feira a entrada em seu espaço aéreo de 19 drones, que foram derrubados com a ajuda da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) (Foto: FLORENT VERGNES / AFP)

A Romênia, membro da Otan e da União Europeia, alertou neste sábado (13) que um drone russo entrou em seu espaço aéreo, apenas três dias depois de 19 dispositivos de Moscou terem invadido o céu polonês, outro integrante da Aliança Atlântica.

As autoridades romenas indicaram que a aeronave violou o espaço aéreo do país durante um ataque russo contra infraestruturas na vizinha Ucrânia, invadida por Moscou em fevereiro de 2022.

O exército de Bucareste enviou dois F-16 para supervisionar a situação, explicou o Ministério da Defesa em um comunicado.

Os aviões "detectaram um drone no espaço aéreo nacional" e o rastrearam até que ele "desapareceu do radar", acrescentou.

O drone "não sobrevoou áreas povoadas e não representou uma ameaça iminente à segurança da população", especificou o comunicado.

A intrusão do artefato ocorre após a Polônia denunciar na quarta-feira a entrada em seu espaço aéreo de 19 drones, que foram derrubados com a ajuda da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A incursão gerou alerta no flanco oriental da Aliança Atlântica. Neste sábado, tanto a Polônia quanto a Otan mobilizaram helicópteros e aviões de combate devido aos bombardeios com drones russos na Ucrânia, não muito longe da fronteira polonesa.

"Devido à ameaça de bombardeios de veículos aéreos não tripulados nas regiões da Ucrânia limítrofes com a República da Polônia (...), há aviões poloneses e aliados operando em nosso espaço aéreo, e os sistemas terrestres de defesa aérea e de reconhecimento por radar alcançaram seu nível máximo de alerta", escreveu o comando operacional das Forças Armadas polonesas no X.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, citou no X "a ameaça representada pelos drones russos que operam acima da Ucrânia, perto da fronteira polonesa".

O espaço aéreo do aeroporto de Lublin, no sudeste do país europeu, foi fechado e vários voos tiveram que ser desviados ou sofreram atrasos.

Tusk anunciou à noite que o alerta havia sido suspenso, mas enfatizou que o país continua atento a qualquer ameaça.

 

Ataque a refinaria russa 


O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, chamou neste sábado de "inaceitável" a incursão de drones russos no espaço aéreo da Polônia, a primeira desse tipo desde o início da invasão russa na Ucrânia.

"A questão é saber se esses drones têm como objetivo específico entrar na Polônia. Se esse for o caso, se as evidências nos conduzirem a isso, então obviamente seria uma escalada maior", disse Rubio a jornalistas em Washington.

Moscou negou a intenção de atacar alvos na Polônia e afirmou que Varsóvia não possui provas de que os drones, que cruzaram a fronteira com a Ucrânia e Belarus, sejam russos.

Vários países da Europa, como França, Alemanha e Suécia, anunciaram que irão reforçar sua contribuição para a defesa aérea da Polônia em sua fronteira oriental com Ucrânia e Belarus.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou por sua vez estar disposto a impor novas sanções contra a Rússia, mas com a condição de que os países da Otan deixem de comprar petróleo russo.

"Estou pronto para aplicar sanções significativas contra a Rússia quando todos os países da OTAN concordarem, e começarem, a fazer o mesmo, e quando todas as nações da OTAN PARAREM DE COMPRAR PETRÓLEO DA RÚSSIA", escreveu em sua rede Truth Social.

Trump ameaça reiteradamente a Rússia com novas sanções como uma forma de afetar as receitas que o país necessita para sustentar seus esforços de guerra. Mas até agora não cumpriu suas ameaças, para maior frustração de Kiev.

No terreno, o exército ucraniano conseguiu atingir uma importante refinaria de petróleo na Rússia, provocando um incêndio.

O complexo, que pertence à petroleira russa Bashneft, está localizado nos arredores da cidade de Ufa, no centro da Rússia, a cerca de 1.400 quilômetros da linha de frente na Ucrânia.

Em vídeos publicados nas redes sociais, vê-se um drone se aproximando da instalação antes de explodir. Uma espessa coluna de fumaça se eleva em seguida no céu.

"Hoje, a planta da Bashneft foi alvo de um ataque terrorista, com um drone", declarou no Telegram o governante da região russa de Bashkortostan, Radiy Jabirov.

 

"Não houve vítimas nem feridos. A planta de produção sofreu danos menores e houve um incêndio, que atualmente está sendo extinto", acrescentou.

Uma fonte da agência de inteligência militar GUR da Ucrânia reivindicou a autoria do ataque.

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