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Conflito Rússia e Ucrânia

Putin reage sobre a presença de forças de segurança europeias na Ucrânia

Nesta sexta-feira (5), o presidente russo Vladimir Putin indicou que tropas europeias no território ucraniano serão alvos legítimos para serem destruídos

Isabel Alvarez

Publicado: 05/09/2025 às 13:21

Vladimir Putin/Alexander NEMENOV / POOL / AFP

Vladimir Putin (Alexander NEMENOV / POOL / AFP)

Nesta sexta-feira (5), o presidente russo Vladimir Putin indicou que tropas europeias no território ucraniano, sobretudo agora durante operações militares, serão alvos legítimos para serem destruídos. As ameaças de Putin acontecem após a reunião, em Paris, dos membros da Coligação dos Dispostos, liderada pela França e o Reino Unido, de apoio à Kiev, num encontro no qual 26 países se mostraram disponíveis e comprometidos em enviar forças de segurança à Ucrânia para dar garantias de segurança ao país no caso de um cessar-fogo ou no pós-guerra.


Putin alerta que essa força internacional em terra, no ar e no mar anunciada na véspera pelo presidente da França, Emmanuel Macron, poderá ser um alvo dos ataques por parte da Rússia. “Se forem tomadas decisões que conduzam à paz, a uma paz duradoura, então simplesmente não vejo qualquer sentido na sua presença no território da Ucrânia, ponto final. Ninguém duvide que a Rússia respeitará integralmente as futuras garantias de segurança para a Ucrânia”, afirmou.

 

Moscou ainda acusou os europeus de atrapalharem a resolução da guerra na Ucrânia. "Os europeus estão obstruindo a resolução na Ucrânia. Não estão contribuindo", declarou o porta-voz da presidência russa.

 

Um dos argumentos do Kremlin para a invasão da Ucrânia foi impedir que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), bloco de defesa militar ocidental, aceitasse Kiev como membro e colocasse as suas forças na Ucrânia.

 

O líder russo acrescentou que continua disponível para chegar a um entendimento com o governo ucraniano, mas não permitirá a entrada de tropas estrangeira no território antes do fim do conflito. Putin também reiterou hoje o convite ao presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky para conversações de paz em Moscou. "Já disse: estou disposto, por favor, venha, nós garantimos condições de trabalho e segurança completas e seguras. A garantia é de 100%", disse.

 

Já o anúncio de Macron sobre as decisões na reunião da Coligação dos Dispostos, adiantou que foram fornecidas garantias do rearmamento das forças armadas ucranianas após o final do conflito. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou por videoconferência e assegurou o seu empenho em buscar uma solução de paz duradoura, tendo acordado com os aliados europeus uma frente unida para impor sanções secundárias à Rússia caso Moscou não aceite se sentar à mesa para negociar um acordo de paz. No entanto, Macron não deu detalhes do plano e apenas citou que será fechado nos próximos dias.

 

Mas, enquanto isso, um grupo de representantes da União Europeia (UE) viaja a Washington para tentar negociar com os EUA as possíveis novas sanções diretas e indiretas à Rússia que visa limitar as capacidades militares do país, de acordo com o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

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