Afeganistão é abalado por um novo terremoto de magnitude 5,6
O país sofre há anos crises humanitárias provocadas por guerras, catástrofes naturais e crises econômicas e sociais
Publicado: 04/09/2025 às 19:47

Um homem afegão senta-se entre os destroços de uma casa danificada, após um terremoto no distrito de Dara-i-Nur, na província de Nangarhar ( AFP)
Um novo terremoto de magnitude 5,6 atingiu hoje à noite o leste do Afeganistão, o mais forte na região desde o domingo passado, quando o país foi afetado por um terremoto de magnitude 6,0, que já causou mais de 2.205 mortos e 3.640 feridos.
Os esforços de resgate continuam apesar das perspectivas de encontrar sobreviventes sob os escombros sejam cada vez menores. Segundo publicação da agência de notícias espanhola EFE, a tarefa se torna mais complexa a cada novo sismo e com as precárias condições das estradas de acesso à remota Kunar, uma vez que muitas delas se tornaram intransitáveis devido a sucessivos eventos sísmicos.
Já o impacto deste novo terremoto na região que faz fronteira com o Paquistão ainda é desconhecido, depois de nos últimos dias terem acontecido diversos outros tremores.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o epicentro foi a 36 quilômetros a sudoeste da cidade de Asadabad, capital da província de Kunar, a mais atingida pelo abalo de domingo.
A prioridade das autoridades locais, das poucas ONGs mobilizadas na área e das agências internacionais é agora facilitar a entrega de ajuda humanitária a Kunar e às restantes províncias afetadas pelos sismos.
O abalo levou a capacidade operacional do regime Talibã ao limite, que enviou soldados para a zona, mas pediu ajuda internacional. A Organização Mundial de Saúde (OMS), que alertou para o risco de epidemias, lançou um novo apelo mundial por quatro milhões de dólares para as imensas necessidades da população, enquanto a ONU já liberou cinco milhões de dólares.
A sociedade civil também se mobilizou e voluntários caminham durante horas para chegar ao ponto zero do sismo, para ajudar e substituir o reduzido pessoal técnico e de emergência.
O Afeganistão sofre há anos crises humanitárias provocadas por guerras, catástrofes naturais e crises econômicas e sociais.

