Rússia lança mais de 600 drones e mísseis contra Kiev e ataque quase atinge membros da UE
Foi o ataque mais mortal contra Kiev desde julho
Publicado: 28/08/2025 às 13:27

Ataque russo contra a Ucrânia ( Genya SAVILOV / AFP)
A capital ucraniana sofreu uma ofensiva em alta escala de mísseis balísticos e 629 drones russos na madrugada desta quinta-feira (28), sendo que dois mísseis caíram a 50 metros da delegação da União Europeia que se encontra em Kiev, causando danos ao prédio onde estão hospedados.
Foi o ataque mais mortal contra Kiev desde julho, que fez pelo menos 18 mortos, entre elas quatro crianças, cerca de 48 feridos, além de 10 pessoas que estão dadas como desaparecidas, de acordo com os serviços de emergências da Ucrânia.
O ataque massivo russo gerou uma onda de condenação e indignação na Europa. A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen já reagiu e anunciou novas sanções e o uso dos bens russos congelados para a defesa e reconstrução da Ucrânia. "Dois mísseis atingiram uma distância de 50 metros da delegação em 20 segundos e isto é mais um lembrete sombrio do que está em jogo. Mostra que o Kremlin não vai parar por nada para aterrorizar a Ucrânia, matando cegamente civis, homens, mulheres e crianças, e até mesmo visando a União Europeia", acusou.
Von der Leyen também destacou a necessidade de segurança nas fronteiras da UE com a Rússia e adiantou que na sexta-feira visitará os sete Estados-membros que estão a reforçar e a proteger as fronteiras externas com a Rússia e a Bielorrússia.
Após a ofensiva, presidente ucraniano Zelensky reiterou o apelo ao endurecimento das medidas contra Moscou. “A Rússia escolhe os ataques em vez da mesa de negociações. Escolhe continuar a matar em vez de acabar com a guerra. E isso significa que a Rússia ainda não teme as consequências”, afirma Zelensky.
O secretário-geral das Nações Unidas António Guterres condenou os ataques mortais com mísseis e drones lançados pela Rússia contra Kiev e voltou a apelar a um cessar-fogo que conduza à paz que respeite plenamente a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia.
Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou os ataques e assegurou que as ofensivas vão continuar, argumentando que a Rússia também tem sido atacada.

