Sobe o número de mortos na Espanha devido aos incêndios
Apesar das autoridades locais informarem que muitos dos incêndios já estão sob controle, novos focos de fogo obrigaram à retirada de centenas de pessoas.
Publicado: 22/08/2025 às 13:05

Incêndios florestais na Espanha ( MIGUEL RIOPA / AFP)
Os incêndios florestais na Espanha já causaram cinco mortos, que afetaram principalmente as regiões da Extremadura, Castela e Leão, Astúrias e Galícia, no noroeste e no oeste do país. As Astúrias, por exemplo, tiveram este ano uma onda inédita de incêndios, e nunca havia acontecido de modo recorrente temperaturas acima dos 40 graus na localidade, com dias em que chegou a haver 17 focos de incêndios simultâneos na região, incluindo na zona do Parque Nacional Picos da Europa, uma área de preservação ambiental.
Apesar das autoridades locais informarem que muitos dos incêndios já estão sob controle e a situação ter melhorado, inclusive por causa da queda na temperatura após a intensa onda de calor de 16 dias consecutivos, novos focos de fogo atinge agora as cidades de Lugo e Pontevedra, o que obrigou à retirada de centenas de pessoas.
Os incêndios das últimas semanas na Espanha queimaram quase 400 mil hectares, um recorde anual no país, segundo os dados, ainda provisórios, do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que tem registros comparáveis desde 2006. A Espanha é o país da União Europeia com maior área queimada este ano até o momento.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, indicou hoje que a recuperação e reconstrução das áreas afetadas pelas chamas levarão meses se não forem anos, agradecendo a ajuda dos países europeus no combate aos incêndios. "Demonstram o que significa a Europa, solidariedade e compromisso. Agradeço a todos os países", disse Sánchez sobre a resposta ao pedido de ajuda da Espanha através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Sánchez anunciou que o Governo irá declarar na próxima terça-feira, na reunião semanal do Conselho de Ministros, zonas de catástrofe as diversas áreas afetadas pelos fogos, para iniciar o processo de avaliação de danos e prejuízos e então começar à reconstrução e recuperação. O líder espanhol também defendeu mais uma vez um pacto estatal em relação às alterações climáticas e pretende formar uma comissão interministerial com esse objetivo. "A emergência climática avança de maneira cada vez mais acelerada e os efeitos são cada vez mais graves. É necessário redimensionar e redefinir todos os aspectos relacionados com a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e transformar em políticas de Estado as políticas vinculadas com a emergência climática", afirmou.

