Rússia diz que "tomou nota" do novo prazo de Trump para fim da guerra
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que a Rússia continua o que chama de operação militar especial na Ucrânia, mas que também está empenhada num processo de paz
Publicado: 29/07/2025 às 19:24

Porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov (foto: Sergey Bobylev/AFP)
O Kremlin declarou nesta terça-feira (29) que “tomou nota” da declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que encurtou o prazo para que a Rússia aceite o cessar-fogo na guerra na Ucrânia, sob pena de enfrentar novas sanções norte-americanas.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que a Rússia continua o que chama de operação militar especial na Ucrânia, mas que também está empenhada num processo de paz que solucione o conflito e assegure os seus interesses.
Trump alertou hoje mais uma vez sobre o seu ultimato ao presidente russo, Vladimir Putin, para pôr fim à guerra na Ucrânia que irá expirar dentro de dez dias. No entanto, revelou que não tinha recebido qualquer notícia de Putin desde então, acrescentando que era uma pena. "Vamos impor tarifas e outras coisas. Não sei se isso vai afetar a Rússia, porque obviamente Putin quer que a guerra continue", adiantou.
Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky acusou Moscou depois de um grande ataque russo de retomar a matança mesmo após o aviso de Trump. Segundo Zelensky, 27 pessoas morreram e 90 ficaram feridas. “Neste momento, sabemos que em apenas um dia, quando todos sentiram a esperança novamente de que a matança pudesse parar, o exército russo matou 27 civis na Ucrânia. Cada ataque russo, em resposta aos apelos do mundo para parar a guerra, só prova uma coisa: a pressão é necessária”, escreveu nas redes sociais.
O chefe do gabinete presidencial ucraniano Andriï Iermak, denunciou como mais um crime de guerra cometido pelos russos. "O regime Putin, que ainda faz ameaças contra os Estados Unidos através de alguns dos seus porta-vozes, têm de enfrentar golpes econômicos e militares que o privem da capacidade de continuar a guerra", disse Iermak.

