Hamas aceita libertar dez reféns nas negociações de trégua
O grupo disse que, apesar da libertação, as conversações para a trégua estão sendo difíceis devido à intransigência israelense
Publicado: 10/07/2025 às 13:48

Israeli troops deploy by Israel's border fence with the Gaza Strip on July 10, 2025, amid the ongoing war with the Palestinian militant movement Hamas. (Jack GUEZ / AFP)
O Hamas anunciou que aceita libertar dez reféns para demonstrar compromisso e esforços com as negociações para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, tendo afirmado que o seu objetivo é superar os obstáculos. No entanto, o grupo disse que as conversações para a trégua estão sendo difíceis devido à intransigência israelense.
O grupo ainda adiantou que entre os vários pontos de discordância está a entrega de ajuda humanitária, a retirada das forças israelenses de Gaza e garantias genuínas de um cessar-fogo permanente.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também disse que o cessar-fogo pode acontecer em breve, mas alertou que não será alcançado a qualquer preço. "Israel tem requisitos de segurança e outros requisitos e estamos a trabalhar juntos para tentar alcançá-los. Mas, penso que estamos nos aproximando de um acordo. Penso que há uma boa hipótese de o conseguirmos. Estamos falando de um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual metade dos reféns vivos e metade dos mortos seriam entregues a Israel por estes monstros do Hamas", declarou Netanyahu após a reunião que teve com Donald Trump em Washington.
O presidente dos Estados Unidos acrescentou que mantém a expectativa de que seja atingido o acordo de cessar-fogo esta semana ou na próxima, informação confirmada também pelo enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
Para o chefe do Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, foram as operações do exército que impulsionaram o acordo. "Enfraquecemos seriamente as capacidades militares e governamentais do Hamas. Graças ao poder operacional que geramos, foram criadas as condições para avançar para um acordo para a libertação dos reféns", avaliou.
O projeto do acordo proposto pelos EUA prevê a devolução de dez reféns vivos e dos corpos de outros nove. Das 251 pessoas raptadas durante o ataque de 7 de outubro, a estimativa é de que 49 continuam em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelenses.

