Rússia lança o maior ataque à Ucrânia desde o início da guerra
Mais de 500 drones e 11 mísseis da Rússia incendiaram prédios e carros por toda a capital ucraniana
Publicado: 04/07/2025 às 13:27

Equipes de resgate ucranianas trabalham em um prédio residencial danificado após ataques em massa de drones e mísseis russos contra a capital da Ucrânia, Kiev, em 4 de julho de 2025, em meio à invasão russa da Ucrânia. Kiev anunciou em 4 de julho que a Rússia havia lançado seu maior ataque aéreo noturno contra a Ucrânia em mais de três anos de invasão. Um representante da Força Aérea Ucraniana, Yuriy Ignat, disse que o bombardeio de 550 drones e mísseis foi um recorde, acrescentando que "este é o maior número que o inimigo já usou em um único ataque". (Foto de OLEKSII FILIPPOV / AFP) ( AFP)
Na madrugada desta sexta-feira (4), a Rússia lançou o maior ataque à Ucrânia desde o início da invasão. A capital, Kiev, foi o principal alvo dos bombardeios. Mais de 500 drones e 11 mísseis incendiaram prédios e carros por toda a capital ucraniana e danificaram a principal estação de trem. A empresa ferroviária estatal avançou que a estação ferroviária foi seriamente danificada.
Além disso, habitações, uma escola e uma unidade de saúde foram atingidas. Segundo as autoridades locais, há registro até o momento de 26 mortos e 23 feridos.
O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, descreveu que a ofensiva causou danos em seis dos dez regiões de Kiev e que destroços de drones provocaram diversos incêndios.
"O inimigo atacou com um grande número de drones. Este é o maior número que o inimigo já usou num único ataque", afirmou Yuri Ignat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusa Moscou de um "ataque cínico" e alerta que a Rússia só vai parar se os países ocidentais avançarem com uma pressão em grande escala.
A Holanda também acusou o governo russo de recorrer a armas químicas no conflito e garante ter provas do uso generalizado deste armamento proibido. “As armas químicas estão sendo usadas pelas tropas russas como estratégia para forçar os soldados ucranianos a saírem das trincheiras, sendo depois mortos”, denuncia.

