OTAN aprova meta de 5% do PIB nas despesas com a Defesa
Os 5% serão divididos em 3,5% para despesas militares, e 1,5% para despesas em infraestruturas que possam ser usadas em contexto de crise.
Publicado: 25/06/2025 às 13:55

(Clockwise From L) France's President Emmanuel Macron, NATO Secretary General Mark Rutte, Italy's Prime Minister Giorgia Meloni, Britain's Prime Minister Keir Starmer, Ukraine's President Volodymyr Zelensky, Poland's Prime Minister Donald Tusk and Germany's Chancellor Friedrich Merz take part in a meeting between the NATO Secretary General, the president of Ukraine, and leaders of E5 countries during a North Atlantic Treaty Organization (NATO) Heads of State and Government summit in The Hague on June 25, 2025. (Ludovic MARIN / POOL / AFP)
Na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que acontece em Haia, na Holanda, os países da aliança anunciaram um acordo histórico para um aumento inédito nos gastos com a defesa.
Nos próximos dez anos, o compromisso firmado entre os membros é de atingir 5% do PIB, divididos em 3,5% para despesas militares, e 1,5% para despesas em infraestruturas que possam ser usadas em contexto de crise.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, estimou que o Reino Unido já ia começar a destinar pelo menos 4,1% do PIB em defesa e segurança até 2027, de acordo com as regras aprovadas nesta quarta-feira (25) pela OTAN.
“O compromisso de gastar 5% do PIB em medidas de defesa e segurança até 2035, alcançado hoje pelos 32 Estados-membros da OTAN, irá tornar a Aliança Atlântica mais forte, mais justa e mais letal do que nunca. "Isto inclui despesas militares, assim como investimentos vitais na nossa segurança e resiliência, como a proteção da nossa segurança cibernética e das nossas redes de energia", afirmou Starmer
Atualmente, o Reino Unido gasta cerca de 2,3% do PIB com a defesa.
Após o final da cúpula, o presidente norte-americano, Donald Trump, também reiterou o compromisso dos EUA com o 5ª Artigo da OTAN, que estipula que qualquer ataque a um dos membros será considerado um ataque coletivo a todos os parceiros.
Trump ainda reconheceu que sai de Haia com uma visão um pouco diferente. "Vi os líderes destes países se levantarem, o amor e a paixão que demonstraram pelos seus países foram inacreditáveis. Nunca vi nada assim. Querem proteger os seus países. Precisam dos Estados Unidos, e sem os Estados Unidos, não será a mesma coisa. E pode perguntar ao Mark Rutte (chefe da aliança militar), ou a qualquer pessoa que lá estivesse. Foi realmente emocionante ver isto", comentou.

