Trump ordena ampliar política anti-imigração em cidades governadas por democratas
O anúncio acontece num cenário em que os protestos nas ruas do país se alastram
Publicado: 16/06/2025 às 17:04

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Saul Loab/AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), amplie os esforços para deportar imigrantes nas maiores cidades do país, como Los Angeles, Chicago e Nova Iorque, todas elas administradas por representantes do partido Democrata.
“Os agentes do ICE têm ordens para fazer tudo o que estiver ao seu alcance para atingir o objetivo muito importante de realizar o maior Programa de deportação em massa da história. Para conseguirmos, temos de expandir os esforços para deter e deportar estrangeiros ilegais nas maiores cidades da América, como Los Angeles, Chicago e Nova Iorque, onde residem milhões e milhões de estrangeiros ilegais”, afirmou Trump.
O anúncio acontece num cenário em que os protestos nas ruas do país se alastram, além do governo federal enfrentar também sérios problemas para aliviar o impacto da repressão em vários setores-chave da força de trabalho dos EUA. Mas, Trump já admitiu esse impacto nas comunidades rurais, duramente atingidas pela perda de trabalhadores agrícolas. Por isso declarou que irá fazer algumas mudanças políticas para abranger os trabalhadores da indústria agrícola e hoteleira devido às preocupações dos líderes empresariais destes setores.
Os protestos contra a política imigratória da administração se expandiram pelo país e durante o fim de semana, manifestantes saíram às ruas em centenas de cidades dos EUA para denunciar o que dizem serem as tendências autoritárias de Trump, com cartazes empunhando as palavras: "Sem reis", uma vez que o acusam de agir como se fosse um. O objetivo dos manifestantes é rejeitar o autoritarismo, a política dos bilionários, o aumento das deportações, as táticas repressivas aplicadas pelo ICE e a militarização da democracia
Enquanto isso, Trump também já avançou que estuda acrescentar mais 36 países na relação de pessoas destes países proibidos de entrar nos EUA.

