Guerra entre Israel e Irã deve dominar reunião do G7 no Canadá
Além da guerra entre Israel e Irã, a Cúpula do G7 também deve discutir a guerra na Ucrânia, além da economia global
Publicado: 16/06/2025 às 12:55

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, fala à imprensa durante a Cúpula do G7 (Suzanne Plunkett/POOL/AFP)
A escalada do conflito entre Israel e o Irã deverá ser o tema central na Cúpula do G7, a reunião das principais economias ocidentais do mundo, que acontece a partir de hoje na cidade de Kananaskis, no Canadá.
Na pauta também dos grandes assuntos que entram na discussão estão a situação e a guerra na Ucrânia, além da economia global.
O G7 inclui o Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Japão. A União Europeia também está presente, assim como outros dirigentes que não fazem parte do grupo, mas que são convidados pelo primeiro-ministro canadense Mark Carney. Entre eles, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, a presidente do México, Claudia Sheinbaum e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que viaja hoje para Kananaskis, onde participará do encontro no dia 17.
Os especialistas consideram que as reuniões e as conversações bilaterais dos líderes com Trump provavelmente serão difíceis, uma vez que o presidente dos EUA é considerado ter um caráter imprevisível e volátil. Além de ser em geral incompatível os seus interesses com o objetivo dos outros líderes mundiais.
Antes da conferência, o presidente francês, Emanuel Macron, visitou a Groenlândia no fim de semana, numa demonstração do apoio europeu a ilha do Ártico, território autônomo da Dinamarca, que desperta o interesse de controle pelo presidente norte-americano Donald Trump.
Já Carney disse que os EUA já não são a força predominante no mundo apos a imposição das tarifas terem criado frestas numa parceria de anos entre os dois países.
"Estivemos lado a lado com os americanos durante a Guerra Fria e nas décadas seguintes, quando os Estados Unidos desempenharam um papel predominante na cena mundial. Hoje, essa predominância é coisa do passado. Com a queda do Muro de Berlim em 1989, os EUA se tornaram hegemônicos a nível global, uma posição de autoridade agora minada pela natureza de Trump, que coloca pouca ênfase na defesa dos valores democráticos ou do Estado de direito. Agora os Estados Unidos começam a monetizar a sua hegemonia: cobrando pelo acesso aos seus mercados e reduzindo as contribuições relativas à nossa segurança coletiva", avaliou o premiê canadense.
No entanto, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni se coloca como ponte entre a administração Trump e a Europa. Mas o forte apoio da Itália ao governo ucraniano e as ameaças de tarifas de Trump sobre os produtos europeus colocaram Meloni, único líder da região a assistir à tomada de posse de Trump, numa posição mais delicada.

