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Atos contra política anti-imigração se alastram nos EUA

Várias cidades dos EUA preparam novos protestos contra a política anti-imigração da administração de Donald Trump

Isabel Alvarez

Publicado: 11/06/2025 às 13:38

Manifestantes protestam contra o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em resposta às operações federais de imigração em Chicago, Illinois/KAMIL KRZACZYNSKI/AFP

Manifestantes protestam contra o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em resposta às operações federais de imigração em Chicago, Illinois (KAMIL KRZACZYNSKI/AFP)

Nesta quarta-feira (11), várias cidades dos Estados Unidos preparam novos protestos contra a política anti-imigração da administração de Donald Trump.

Na véspera, a cidade californiana de Los Angeles impôs toque de recolher a noite para tentar controlar os distúrbios que se arrastam há cinco dias, agravados após a ordem do governo federal de enviar milhares de guardas nacionais e centenas de fuzileiros navais .

Mas, as manifestações anti-deportação isoladas na Califórnia ganham projeção nacional e se alastraram também em Nova Iorque, Atlanta e Chicago, onde os manifestantes se envolveram em confrontos com as autoridades do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), que realizaram detenções em massa.

No Texas, o governador Greg Abbott anunciou que irá destacar elementos da Guarda Nacional esta semana para lidar com os protestos planejados, depois de no início da semana a cidade de Austin ter sido palco de confrontos entre manifestantes e a polícia.

"A Guarda Nacional do Texas será enviada para regiões em todo o estado para garantir a paz e a ordem. O protesto pacífico é legal. Prejudicar uma pessoa ou propriedade é ilegal e levará à prisão", disse Abbott, acrescentando que ainda é previsto protestos no sul do Texas.

No entanto, o principal foco se mantém em Los Angeles. "Este descarado abuso de poder por parte de um presidente em funções incendiou uma situação inflamável, pondo em risco o nosso povo, os nossos policiais e até a nossa Guarda Nacional. Foi aí que começou a espiral descendente. Ele voltou a optar por uma escalada. Optou por mais força. Optou pela ameaça em vez da segurança pública. A democracia está sendo atacada", explicou o governador da Califórnia Gavin Newsom, em referencia a Trump ter destacado a Guarda Nacional e fuzileiros sem a sua autorização.

A Guarda Nacional e os fuzileiros são forças são habitualmente usadas durante catástrofes naturais ou na proteção de elementos e edifícios do Governo e não em ações policiais. Esta foi à primeira vez em 60 anos que um presidente norte-americano mobilizou a Guarda Nacional de um Estado sem a autorização do governador responsável.

Já Trump afirmou que os protestos na Califórnia são um ataque total à paz, à ordem pública e à soberania nacional, causado por desordeiros com bandeiras estrangeiras. “Minha administração irá libertar Los Angeles", alegou.

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