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FAIXA DE GAZA

Bombardeios em Gaza causam mais 50 mortes nas últimas horas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também avisou que o último hospital de Gaza que oferecia tratamento cardíaco e oncológico deixou de funcionar

Isabel Alvarez

Publicado: 16/05/2025 às 17:26

Faixa de Gaza /OMAR AL-QATTAAAFP

Faixa de Gaza /OMAR AL-QATTAAAFP

As autoridades sanitárias da Faixa de Gaza informaram que pelo menos mais 50 pessoas morreram nesta sexta-feira (16) devido aos ataques israelenses contra o norte do enclave palestino.

O chefe da organização de primeiros socorros, Mohammed al-Moughayir, contou à agência de noticias France-Presse (AFP) que as ofensivas atingiram zonas residenciais provocando aproximadamente meia centena de pessoas. “Prosseguem ainda as operações de busca nos escombros dos prédios atingidos”, pontuou.
Sob anonimato, um médico do Hospital Indonésio em Beit Lahia, norte de Gaza, disse à AFP que a unidade de saúde recebeu 30 corpos.

Já o diretor interino do hospital Al-Awda, em Jabalia, Mohammed Saleh, relatou que foram transportados cinco corpos e que estava tratando de mais de 75 feridos na sequência dos ataques.

"Há uma grande onda de deslocação de civis. O medo e o pânico se apoderaram de nós durante a madrugada”, lamentou um residente da região.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também avisou hoje que o último hospital de Gaza que oferecia tratamento cardíaco e oncológico deixou de funcionar. O chefe da agencia de saúde das Nações Unidas, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que o bombardeio deixou o Hospital Europeu, em Khan Younis, no sul, severamente danificado e inacessível.

Tedros acrescentou que uma equipe da OMS retirou a equipa médica de emergência que estava no local durante o ataque. “O encerramento do hospital interrompeu serviços vitais, incluindo neurocirurgia, cuidados cardíacos e tratamento de câncer, que não estão disponíveis em mais nenhum lugar na Faixa de Gaza. O fechamento, além disso, termina com o papel da unidade como centro de evacuações médicas, sobrecarregando ainda mais um sistema de saúde já em colapso", afirmou.

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