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AJUDA HUMANITÁRIA

EUA admite que situação em Gaza é preocupante e deve enviar ajuda humanitária

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio ainda adiantou que conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

Isabel Alvarez

Publicado: 15/05/2025 às 16:29

Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio/UMIT BEKTASPOOL/AFP

Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio/UMIT BEKTASPOOL/AFP

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou hoje que os americanos não são imunes ou insensíveis ao sofrimento das pessoas na Faixa de Gaza. “A situação humanitária no enclave é preocupante", reconheceu.

Rubio ainda adiantou que conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e que Washington está aberto a uma via alternativa para enviar ajuda humanitária para Gaza.

O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, anunciou que o governo de Tel Aviv não financiará os recursos, mas vai facilitar e permitir a entrada de ajuda humanitária coordenada pelos EUA no território palestino.

O vice-porta-voz da ONU, Farhan Haq, revelou que a organização não vai participar na iniciativa americana.

Segundo os analistas internacionais, o presidente norte-americano, Donald Trump, esta perdendo a paciência com a duração da proibição para a entrada da ajuda humanitária em Gaza, pois é um aspecto que não é positivo para si próprio. Mas, Trump disse hoje que os EUA querem transformar a Gaza numa "zona livre", mas sem detalhar o que isto realmente significaria. "Tenho conceitos para Gaza que considero muito bons, para transformá-la numa zona livre e com o envolvimento dos Estados Unidos”, comentou.

Netanyahu insiste na intensificação da guerra e prometeu agir com força total na região, apesar da Organização das Nações Unidas e várias ONGs humanitárias condenarem a estratégia adotada pelo seu governo, sobretudo em relação ao bloqueio completo de ajuda. Nesta semana, o relatório da ONU também apontou que há pelo menos meio milhão de pessoas em risco de fome extrema em Gaza. Além disso, cresce o número de dirigentes que criticam duramente Netanyahu à sua ação devastadora contra a população civil palestina.

Já em Gaza, os bombardeios intensos permanecem e fizeram mais dezenas de mortos e feridos. Somente na cidade de Khan Yunis, no sul, foram registrados 10 ataques.

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, contou que a libertação do refém israelense-americano Edan Alexander é avaliada como um avanço que ajudará a trazer de volta as conversações. “Mas, infelizmente, a reação de Israel a isto foi bombardear o território no dia seguinte, ao enviar a sua delegação a Doha. Basicamente envia o sinal de que não está interessado em negociações. As nossas equipes estão a dialogar com ambas as partes. Esperamos ver algum progresso. No entanto, não tenho a certeza se esse progresso será visto muito em breve com este comportamento contínuo", declarou.

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